EDUCAÇÃO BILÍNGUE: A IMPORTÂNCIA E OS DESAFIOS DA FAMÍLIA EM APRENDER LIBRAS PARA SE COMUNICAR COM O SURDO
Marivania Teixeira de Alencar Oliveira 1
Genilson Canavarro de Abreu2
RESUMO
Este artigo trata de um assunto relevante, necessário e eficaz que, infelizmente, ainda é muito comum na convivência familiar entre surdos e ouvintes quanto à questão da comunicação precisa. Promover a boa comunicação necessária entre os pares é a chave de todo o sucesso do ser humano e para isso é preciso que se forneçam subsídios e esclarecimentos acerca da importância da língua materna do surdo,a Libras (no caso do Brasil) e conscientizar as famílias que se faz necessário o aprendizado da Língua, seus sinais e seus significados. Sabemos que as Políticas Públicas é o ideal para ocasionar este benefício e que muitas vezes não acontece. Para isso pensou-se na necessidade de escrita sobre a importância e os desafios para tal. A oralização ainda é muito frequente nas famílias e isso acarreta prejuízos comunicacionais. A elaboração deste artigo aconteceu de forma bibliográfica baseados em outros autores que abordam o tema. Buscou-se a precisão dos argumentos relevantes de duas famílias aqui citadas sobre a falta de conhecimento e interesse da Língua, seus desafios para que ocorra de fato de fato o aprendizado. Espera-se que este artigo traga para muitas pessoas a manifestação e o despertar interacional família x surdo em Libras.
Palavras-chave: Oralização, Eficaz, Significados, Surdo.
INTRODUÇÃO
Desde o nascimento dos indivíduos e durante todo o seu desenvolvimento enquanto ser humano, a comunicação da fala é a primeira manifestação do ser que todos fazem sem ao menos saber que se está fazendo enquanto bebês. Através do choro, a comunicação acontece com o bebê quando se está com fome, com sono ou sente-se desconfortável por alguma coisa que esteja acontecendo de forma não à vontade. E essas são as primeiras comunicações do indivíduo ao nascer. Logo em seguida, surge o sorriso demonstrando (falando) a alegria, o balbucio (desejo de falar) e a fala precisa vai acontecendo e se modificando de acordo com os estudos que a pessoa vai buscando, aprendendo e que vai sendo proporcionado na sua vida social, familiar, acadêmica, aos estímulos da comunicação vai recebendo de dentro de casa, na escola, em instituições sociais que frequenta e no trabalho.
Não seria diferente na vida cotidiana de uma pessoa surda, em continuar a comunicação entre as pessoas numa mesma casa ou família, ou com amigos, ou no trabalho e assim por diante. E diante disso estamos aqui relacionando a comunicação com os surdos que vivem numa sociedade preconceituosa que pensa no apenas nos ouvintes e deixam à mercê aquelas pessoas que nascem ou adquirem a surdez. Neste feito temos aqui este artigo que aponta as necessidades básicas para se ter uma vida social plena e verdadeira.
Buscando na singularidade, na simplicidade a essência da vida comunicacional através das pessoas da família que estão em volta de um surdo(a), ou que na vizinhança conhece algum. Trataremos aqui sobre a busca incessante das pessoas pelo conhecimento formal da Libras, e entender o porquê das famílias não se apropriarem desse conhecimento rico e vasto, que é a língua viva dos que dela dependem.
A exclusão social e o preconceito que envolve a Língua de sinais ou o fato de não reconhecerem a Libras como Língua e sim apenas como linguagem, gestos, mímicas leva a crer a falta de interesse e vontade de aprendê-la como forma estruturada de comunicação precisa que envolva não só o surdo da sua própria família, mas sim a compreensão de todos da família onde outros surdos possam se comunicar também com as famílias atípicas de outros surdos.
A comunicação baseada exclusivamente na fala e na leitura labial é, por natureza, extremamente limitada para quem não possui a audição. Para a pessoa surda, a língua falada restringe-se a funções comunicativas muito básicas (SVARTHOLM, 1999). O autor aponta, inclusive, para um “consenso mudo” de que, em ambientes onde todos falam, espera-se que o estudante surdo também o faça. Essa expectativa, no entanto, é limitada pela concepção ouvinte que restringe a linguagem à modalidade auditivo-oral, ignorando a língua de sinais como a modalidade visual-motora e natural da comunidade surda. Historicamente, a linguagem, por convenção, permanece atrelada à acústica (WRIGLEY, 1996).
A ausência da fala, em uma sociedade predominantemente oralista, é muitas vezes interpretada como mudez. Pior ainda, como sugere Lopes (2007), isso pode pressupor a ausência de pensamento ou que a pessoa surda simplesmente não tem nada a dizer.
O ponto de virada histórico que consolidou essa visão foi o Congresso de Milão, em 1880, que proibiu o uso da língua de sinais nas escolas, priorizando a oralização compulsória. Tal decisão, de impacto mundial, chegou ao Brasil e influenciou a educação de surdos por décadas, gerando dificuldades imensuráveis, pois como poderiam os surdos, muitos não alfabetizados, compreender o que lhes era imposto oralmente?
A herança desse período é persistente, refletindo-se em atitudes familiares e institucionais que ainda hoje valorizam a fala acima da língua de sinais. Embora a Lei nº 10.436, que regulamentou a Libras (Língua Brasileira de Sinais) no Brasil, tenha sido um marco em 2002, o preconceito continua a ser uma barreira social a ser vencida.
2 A LÍNGUA MATERNA COMO L1 PARA OS SURDOS
Muitas famílias de surdos não se detêm ao fato de aprender a Língua materna que é a melhor comunicação para seus filhos ou parentes surdos, pois enriquecem o vocabulário tanto de surdos como de ouvintes, compartilha a empatia e a eficácia na comunicação, partilhando então ideias e pensamentos próprios da vida, estruturando então este surdo à sua vida futura social comunicativa.
A língua de sinais é o elemento simbólico central que permite ao surdo desenvolver todas as suas capacidades cognoscitivas (Almeida, 2009).É através da língua materna que desenvolve-se a formação do sujeito em si. Ao contrário dos ouvintes, que utilizam a audição para se comunicar, os surdos se relacionam com o mundo por meio dos gestos e da visão e, por isso, seu desenvolvimento linguístico ocorre de um modo particular, por meio da língua de sinais, a sua língua natural (Cromack, 2004; Dizeu; Caporali, 2005).
É fazendo o uso da língua de sinais que podemos nos comunicar com as pessoas surdas ao nosso redor, onde entre eles mesmos são criadas comunidades surdas que desempenham papel importante para a vida de cada surdo que participa dos mesmos costumes, ideais, pensamentos, e até os mesmos sinais. Há sinais específicos de cada comunidade e cada membro pertencente aquela comunidade é aceito quando participa de alguns sinais próprios criados para entendimento melhor de muitos assuntos.
A decorrente e precisa falta da necessidade de comunicação do sujeito surdo em comunicar-se com as próprias pessoas da sua família usando a sua própria língua para um fortalecimento na partilha e interesses mútuos, com os mesmos desejos, e até anseios. Para isso foi importante ressaltar neste artigo que, vários surdos em seu próprio ambiente familiar não tem o apoio devido quando o assunto é a comunicação deixando estes sem a complexa informação em tomada de decisões, opiniões, sugestões e ideias tanto para sua própria vida como para a ajuda de um todo familiar. Os surdos foram privados de se comunicar em sua língua natural durante muitos séculos. Vários estudos têm apontado a difícil relação dos surdos com a língua oral majoritária e com a sociedade ouvinte.
No decorrer da história, a comunicação por sinais enfrentou severas proibições. Em muitas narrativas, a sinalização era vista quase como um “código secreto”, praticado às escondidas, inclusive pelos próprios surdos, devido à sua marginalização (LANE, 1984; SACKS, 1990). Curiosamente, essa prática de comunicação silenciosa não era exclusiva, pois até mesmo monges beneditinos na Itália medieval empregavam uma forma secreta de sinais para se comunicar sem violar seus rígidos votos de silêncio (LANE, 1984).
Diante desse cenário de opressão histórica e da necessidade intrínseca de comunicação humana, surgem questionamentos que nos fazem refletir profundamente:
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Por que permitimos que uma pessoa surda em nosso próprio núcleo familiar permaneça sem a comunicação necessária e precisa para viver uma vida plena e relevante?
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Por que tantas famílias não se empenham na busca incessante pelo aprendizado da língua de sinais de seu ente querido?
É fundamental e urgente considerar a necessidade vital que o surdo tem de se comunicar, de interagir com os outros e de esclarecer as dúvidas que surgem no dia a dia. Contudo, como isso pode ser feito se não há um direcionamento ou um ambiente acolhedor que o faça se sentir à vontade e capaz de realizar essa interação plenamente?
2.1. Sinais caseiros impedem o conhecimento à Libras
As famílias frequentemente relatam que as barreiras na comunicação com seus filhos surdos geram uma série de desafios adicionais. Dentre os problemas apontados estão a dificuldade em compreender as necessidades e os problemas de socialização da criança, além do possível surgimento de comportamentos agressivos por parte do filho, frequentemente causados pela frustração e isolamento (Oliveira et al., 2004).
Diante dessa realidade complexa, é imperativo que façamos questionamentos profundos sobre as práticas comunicacionais adotadas no seio familiar:
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Será que as crianças e os jovens surdos que dependem exclusivamente da leitura labial se comunicam de forma verdadeira e plena?
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Eles entendem realmente tudo o que lhes é dito, ou apenas fingem compreender para evitar conflitos ou por falta de alternativa?
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Em relação aos sinais caseiros, idiossincráticos e limitados, criados no ambiente familiar: será que os surdos se sentem verdadeiramente felizes por não utilizarem a Língua Brasileira de Sinais (Libras), uma língua completa e natural? Ou será que eles simplesmente aceitam esses códigos limitados por ser o único contato comunicativo que conseguem manter com seus familiares?
Há, sem dúvida, muitos outros questionamentos a serem feitos, pois são inúmeros os casos de pessoas surdas que convivem diariamente com essas limitações comunicativas, cujos impactos na qualidade de vida e no desenvolvimento pleno são imensuráveis.
O envolvimento familiar no processo educativo amplia as possibilidades de aprendizagem e favorece a inclusão plena. Quando pais e responsáveis se empenham em aprender Libras, passam a participar das experiências da criança surda com mais naturalidade, acompanhando suas conquistas escolares e sociais. Esse envolvimento contribui para que o lar se torne um ambiente bilíngue, onde a comunicação é valorizada e o aprendizado acontece de forma contínua e afetiva.
2.2. A não aceitação da família pela pessoa surda
Ainda existem muitas famílias que tem resistência em aceitar a pessoa surda em casa. E não são poucas famílias, mas inúmeras. Essa não aceitação gera a infelicidade do surdo, pois trazem prejuízos ao seu conhecimento da língua e ao seu desenvolvimento social. Quando não aceitamos a pessoa surda estamos limitando o seu aprendizado e o seu desenvolvimento enquanto ser humano acarretando em sua vida prejuízos no seu desenvolvimento psicossocial.
Limitar a língua a alguém é prejudicial e infeliz! Quando não aceitamos o surdo ele também não se aceita e infelizmente isto traz grandes desajustes prejudiciais e que na maioria das vezes seria tão simples ser remediado com uns simples gestos de falar com as mãos.
O que queremos diante disso a despertar, modificar algo que até por simplicidade não foi questionado nem pensado por algumas famílias e com isso de forma direta ou indiretamente ajudar de maneira significativa para a prática da comunicação ouvinte x surdo. Conscientizar as pessoas envolvidas na família que a língua materna do surdo é a Libras e que é por meio dela que ele se comunica, aprende, dá ideias e sugestões, dialoga, coloca em prática suas opiniões e pensamentos da vida particular e diária como uma pessoa qualquer. O não uso da língua materna prejudica o sujeito surdo em vários aspectos, moral, cognitivo, físico, onde o surdo poderia aprender muito em casa com a própria família (coisas da vida cotidiana) ou ainda da sua curiosidade, do seu interesse, mas que não é inserido de maneira tal a chegar ao ponto de fazer perguntas, tirar dúvidas, falar-lhe dos seus objetivos e anseios da vida emocional, amorosa, afetiva, pois não há a segurança depositada em alguém que não se comunica na sua própria língua.
3 LEITURA LABIAL NÃO É LIBRAS
De acordo com Sacks (1998, p. 82), a “leitura labial não é apenas uma habilidade visual – 75% dela é uma espécie de adivinhação inspirada ou conclusão por hipótese, dependendo do uso de pistas encontradas no contexto”. Por sua vez, Shirley Vilhalva (2004, p. 25), autora surda, ao descrever a leitura orofacial, explica a dificuldade do processo a partir de dois pontos centrais: a necessidade de conhecer os códigos do falante e a diferença de tempos entre a realização da leitura e o ritmo da fala.
Muitas vezes as pessoas da família podem pensar que o surdo está entendendo todo o ambiente da vida familiar, ou pensam que ele está participando ativamente de todos os episódios familiares e na verdade apenas está junto à família e não incluído como pessoa da família que sabe das decisões e opiniões tomadas.
A violência à qual os surdos são submetidos ao serem privados de sua língua natural levava-os a uma permanente sensação de isolamento, evidenciado no discurso de Laboritt (1994, apud STROBEL, 2008b, p. 50), autora surda, quando afirma que privar os filhos da comunicação em língua de sinais é efetivar a […]exclusão da família, da casa onde todos falam sem se preocupar com você. Porque é preciso sempre pedir, puxar alguém pela manga ou pelo vestido para saber, um pouco, um pouquinho, daquilo que se passa em sua volta. Caso contrário, a vida é um filme mudo, sem legendas.
Vilhalva (2004, p. 26) esclarece que a leitura labial, ao ser realizada por um processo de percepção visual, é mais lenta, e alerta para a diferença entre o ritmo do processo de elaboração mental das palavras e da fala a partir do seguinte exemplo: “Bom dia! Como vai você? Tudo bem? “E continua falando…O surdo, quando estiver lendo os lábios – “Bom dia! Como vai…”, até ser estruturado o pensamento e compreender a mensagem, já perdeu o restante da frase, e quando volta a ler novamente defronta-se com palavras soltas, levando-o assim a tentar adivinhar as palavras desconhecidas num contexto geral.
E neste feito temos aqui apontamentos das necessidades básicas para se ter uma vida social plena e verdadeira. Buscando na singularidade, na simplicidade a essência da vida comunicacional através das pessoas da família que estão em volta de um surdo(a), ou que na vizinhança conhece algum. Trataremos aqui sobre a busca incessante das pessoas pelo conhecimento formal da Libras, e entender o porquê das famílias não se apropriarem desse conhecimento rico e vasto, que é a língua viva dos que dela dependem.
É importante ressaltar que ser ouvinte não é sinônimo de ser feliz, ter sucesso e ser aceito entre seus pares, ideia que é vendida aos surdos. Inúmeras são as diferenças socioculturais e as desigualdades presentes também na comunidade ouvinte, na qual coabita uma série de outros preconceitos, a partir dos “marcadores sociais da diferença” (Starling & Schwarcz, 1989, p. 219), como raça, gênero, sexo, idade e classe
Aprender a língua de sinais é o primeiro passo para todo o processo de comunicação entre as pessoas da família que tem surdo ou convivem com ela. Lembrando sempre que a língua materna do surdo é a língua gestual, ou seja, a Libras. Ajudar o surdo na sua comunicação de vida social, emocional, afetiva onde muitas vezes sentem-se inseguros a perguntar fatos de nossa vida cotidiana que para nós ouvintes se tornam fácil pelo simples fato de ouvirmos e que para eles se torna mais difícil porque assuntos polêmicos ou íntimos precisam ser perguntados e pode-se até criar desafios na hora de perguntar e ao ouvinte na hora de responder.
O questionário foi desenvolvido através de perguntas e questionamentos diretamente às pessoas de duas famílias que tem surdo. Saber e entender os fatos de por que os ouvintes da família não tiveram o interesse ou ainda porque não buscaram aprender a língua de sinais?
Também perguntas referentes ao surdo se este entende o que lhe falam através de leitura labial, ou ainda de sinais caseiros; se tem vontade de que os de casa falem sua língua materna ou ainda que aprendam os sinais para uma comunicação melhor e ainda compreender as dificuldades que tiveram ao longo do tempo na educação da pessoa surda.
A pergunta é: como fizeram os ouvintes para lhe ensinar algo da vida cotidiana, ou ainda para lhe dar recados, pedir sugestões, tirar dúvidas etc.? Há dois apontamentos a serem feitos sobre dois surdos que frequentam a mesma comunidade religiosa: Thiago e Rogério, (nomes fictícios).
3.1. Relatos de pessoas surdas e de suas famílias
Começaremos com o Thiago Gomes, 27 anos, solteiro, mora com sua família e residente na cidade de Ladário nasceu surdo de nascença, foi levado aos especialistas quando neném e foi verificado sim que nasceu assim e com a idade de 5 anos sua mãe o levou ao especialista novamente para implantação do aparelho auditivo, mas sem sucesso pois é surdo total dos dois ouvidos. Com os passar dos anos quando criança com a idade de 7 anos começou sua vida escolar com auxílio de um intérprete de Libras.
Como consequência, sua mãe aprendeu também junto com ele alguns sinais básicos do dia a dia, mas que aos poucos foi-se perdendo e então foram criados sinais específicos dentro de casa, fugindo então da Língua de sinais. Por não se sentir seguro com a língua de sinais, Thiago não conversava com outros surdos, só vivia no meio dos ouvintes como se fosse um e quando frequentava a igreja de sua mãe, nisso já com 9 anos não aceitava tradução simultânea do intérprete.
Não se sentava no lugar restrito aos surdos e muito menos aperto do intérprete. Com o passar dos anos Thiago foi amadurecendo e sentindo-se confiante na Língua de Sinais e quando já estava com a idade de 25 anos procurou o intérprete da igreja que prontamente passou a se comunicar usando a Lingua de Sinais interessando-se em conversar com outros surdos, aprendeu sinais religiosos e foi então deixando de se fazer como ouvinte.
Hoje o Thiago está terminando o Ensino Médio, está trabalhando em um comércio (não há intérprete) e já até começou a estudar violino. Destaca-se ainda que outros membros da família não procuraram aprender a língua de sinais e comunicam- se com ele através de apontamentos, leitura labial ou sinais caseiros. Assim como o Thiago, acontece muito com os surdos mesmo sabendo Libras se acham e sentem como ouvintes. Pela falta de participação da família e da oralização que flui dentro de casa.
Esperar o intérprete contar a piada ou rir junto com os ouvintes? Uma prática quase comum, mas que se explicada pelo intérprete com certeza o surdo vai compreender. De fato, também podemos considerar em muitos casos a falta de preparo de alguns tradutores- intérpretes que não buscam a sagacidade das expressões faciais e não manuais e acabam não acontecendo junto com o rir de uma piada (pois o surdo percebe a manifestação do riso), mas o estudo da falta de precisão dos intérpretes não é o fato deste artigo.
O segundo caso é do surdo Rogério de Matos, residente na cidade de Corumbá, 34 anos, mora com seus pais num assentamento e quando nasceu balbuciava algumas palavras, mas logo após completar 3 anos de idade não falou mais. Quando já estava com seus 4 anos sua família o levou a especialistas que foi percebido que um lado do ouvido nasceu surdo, mas o outro lado possuía 40 por cento de audição. Foi então introduzir aparelho auditivo, mas não se adaptou pois os sons que ouviam o perturbavam. Desistiu então do aparelho e sua família buscou auxílio na escola onde havia intérpretes.
Com isso Rogério foi aprendendo a língua de sinais, sua família não aprendeu, apenas o levavam para a escola e quando na adolescência tentava ensinar seus irmãos e pais, mas nenhum interessou. Seus pais e familiares conversam apontando ou fazendo leitura labial. Passou então a buscar também o intérprete na igreja para tradução dos cultos e participa também de aulas de Libras onde auxilia os alunos.
Rogério terminou o Ensino Médio, trabalha com seu pai no sítio, já toca violino na igreja que frequenta e tem o sonho de se casar. Tanto Rogério como Thiago sentem necessidade em perguntar algo muito particular da vida, dos sentimentos e tem buscado ajuda ao intérprete da igreja que por sua vez explicou a especificidade que cada um queria.
Rogério terminou o Ensino Médio, trabalha com seu pai no sítio, já toca violino na igreja que frequenta e tem o sonho de se casar. Tanto Rogério como Thiago sentem necessidade em perguntar algo muito particular da vida, dos sentimentos e tem buscado ajuda ao intérprete da igreja que por sua vez explicou a especificidade que cada um queria.
O desenvolvimento do indivíduo está intrinsecamente ligado às relações que ele estabelece com os outros. Conforme apontado por Hinde (apud DESSEN; SILVA, 2004), as influências dessas interações são internalizadas e moldam o comportamento manifesto de cada um. É nesse processo de troca que valores, normas e outros aspectos da estrutura sociocultural são absorvidos, tornando-se parte integrante da identidade dos indivíduos.
Contudo, para que esses vínculos se estabeleçam de modo eficaz — abrangendo tanto a construção de significados quanto o desenvolvimento psicoafetivo e cognitivo pleno —, é imprescindível que pais e filhos compartilhem o mesmo canal de comunicação. A ausência dessa ponte comunicativa impede a internalização completa das experiências sociais e afeta diretamente a formação do sujeito.
Na perspectiva histórico-cultural, desenvolvida por Vygotsky (1989), o problema central da surdez não reside na deficiência auditiva em si, mas na dificuldade do sujeito em se apropriar da palavra falada, o que, consequentemente, gera obstáculos significativos para sua plena inserção na cultura e no convívio social. É nesse ponto que a prática comum em muitos lares se mostra falha. Percebe-se que muitos familiares acreditam que a simples “fala” é suficiente para a comunicação com o surdo. O equívoco se evidencia em cenas cotidianas em que pais e parentes falam com os filhos andando de costas, de forma rápida ou apenas passando por eles. Nesses momentos, a interação é superficial, e as crianças surdas muitas vezes limitam-se a acenar com a cabeça, respondendo “sim” ou “não” sem uma compreensão real do diálogo. Essas atitudes, ainda que não intencionais, perpetuam a barreira comunicacional, impedindo a apropriação cultural defendida por Vygotsky e reforçando a urgência de métodos de comunicação eficazes e visuais, como a língua de sinais, para garantir a real inclusão do surdo no seio familiar e social.
Para tudo isso se explica uma lógica, a falta de conhecimento e informação. Cutucões, olhares ríspidos, são trejeitos da família ao surdo para quando querem que eles deem respostas às pessoas. Apontam mostrando ao surdo para cumprimentar aquela pessoa. Ou ainda apontam o calçado para que eles calcem os sapatos. De tudo isso que se percebem na vida diária das famílias que tem surdos nota-se o despreparo dos envolvidos e a falta de conscientização da própria cultura surda.
A socialização é um processo interativo necessário para o desenvolvimento, através do qual a criança satisfaz suas necessidades e assimila a cultura ao tempo que, reciprocamente, a sociedade se perpetua e desenvolve. Esse processo inicia- se com o nascimento e, embora sujeito a mudanças, permanece ao longo de todo o ciclo vital (Borsa, 2007, p. 1).
A atitude dos pais diante da surdez de seu filho terá influência considerável na sua socialização e formação educativa. Há pais que tentam negar sua existência e, consequentemente, tratam seu filho como se fosse ouvinte. Outros, ao contrário, desenvolvem atitude de superproteção (Bernardino, 2009). Percebe-se que tanto os pais ouvintes tendo filhos surdos como pais surdos tendo filhos ouvintes ficam perdidos quando recebem a notícia que seu filho é “diferente” deles. Os pais ouvintes então têm aquele sentimento de ansiedade, curiosidade, investigação, indagação de como será de agora em diante? Do mesmo modo a outra família de surdos quando se tem filhos ouvintes e se pergunta: e agora como será? Como vou ensinar a falar, compreender o que quero?
No começo é uma luta diária, mas que aos poucos tudo vai se resolvendo, vão buscando informações necessárias para cada momento da vida com especialistas, professores, médicos, sites da internet entre outros. “Filhos de pais ouvintes em geral, desconhecem ou rejeitam a língua de sinais” (Skliar, 1997, p. 132). Esta perda de tempo dificulta os estágios necessários à criança que está se formando como indivíduo que pensa, age, resolve problemas e desafios diários, pronta a pensar e criar ideias e essa falta de zelo por parte das famílias pode sim prejudicá-lo pulando etapas de desenvolvimento pela falta de informação que esta família apresenta, retardando os conhecimentos da língua materna para esta criança é um exemplo disso.
Acontece que até esta mesma criança surda passa a se sentir ouvinte, não aceitando mais a sua própria língua pois a desconhece e passa então a não fazer parte nem de uma comunidade surda e nem de uma sociedade ouvinte.
4. INCLUIR SE COMEÇA EM CASA
Se não começar em casa nada fluirá para este indivíduo. Vivemos numa sociedade ouvinte quase 100 por cento e se não tivermos a empatia de encarar o mundo como ele mesmo nos propõe, com tantas diversidades na forma de vestir, falar, interagir entre outros, infelizmente estaremos criando sim barreiras à esta pessoa que precisa tanto da família, das pessoas que convivem com ela para ser incluída num mundo já preconceituoso, mas para isso é preciso ter empatia.
Falar em incluir é fácil, mas poucos sabem o que realmente significa esta palavra inclusão e poucos tem a maturidade de procurar sentir como se fosse ele naquele momento. É preciso pensar no outro que está ao meu redor, que vivencia os mesmos lugares que eu, convive com as mesmas pessoas e é preciso que esteja dentro de cada pessoa o querer incluir, querer participar à pessoa, querer fazer a diferença na vida deste alguém ou ainda impactar a vida de alguém de tal maneira que ele sinta-se valorizado naquele ambiente que vive, pelas pessoas ao seu redor, onde lhe dão segurança na sua vida diária.
Incluir deve existir dentro de cada um num mesmo processo humanitário e a cada dia precisa ser melhor como indivíduo lembrando que temos uma pirâmide a seguir que inclui o saber conviver. A pirâmide da vida é o saber fazer, saber ser e o saber conviver e é sabido que todos temos direitos iguais perante Deus e os homens. Um precisa do outro e juntos serão sempre mais fortes. Por que devo excluir alguém se ele for surdo? Só porque não sei a Língua de Sinais? Na verdade, diante destes questionamentos, nós como ouvintes que estamos nos excluindo, porque saber outra língua e conhecimento é dádiva.
4.1. Participar da vida diária lhe traz segurança na comunicação
O surdo precisa ser estimulado em acreditar que faz parte sim de uma sociedade sem preconceitos e rejeitos e para isso precisa ser feito desde muito tempo dentro da sua própria casa e da própria família a aceitação por todos e se sentir acolhido fazendo-o participante integral da família em diversas situações, problemas, opinando sempre e que seja verdadeiramente e eficaz.
É preciso que desde cedo a família dê a ele a devida importância sobre sua surdez e busque meios de ajudá-lo promovendo seu bem social, afetivo, moral e com ele introduza a língua de sinais para a verdadeira sensação de inclusão familiar.
5 CAPACITISMO
A aceitação da língua de sinais vai muito além de uma simples ferramenta de comunicação; é o reconhecimento da identidade da pessoa surda. Essa conexão profunda foi expressa de forma sensível pelo psiquiatra surdo norueguês Terje Basilier (apud FERREIRA BRITO, 1993, p. 75):
[…]quando eu aceito a língua de outra pessoa, eu aceitei a pessoa. Quando eu rejeito a língua, eu rejeito a pessoa, porque a língua é parte de nós mesmos […] quando eu aceito a língua de sinais, eu aceito o surdo, e é importante ter sempre em mente que o surdo tem o direito de ser surdo.
Esse depoimento ressalta que o respeito à língua natural do surdo é fundamental para sua dignidade e inclusão social. Reconhecer a Libras (ou a língua de sinais local) é um ato de humanidade e um passo essencial para garantir que o indivíduo surdo possa exercer plenamente seu direito de existir e se expressar em sua própria condição.
Diante das barreiras atitudinais enfrentadas por pessoas com deficiência, o capacitismo se destaca como uma das mais marcantes no que diz respeito à vivência da corporeidade. O capacitismo se refere a uma atitude ou discurso que desvaloriza a deficiência, em comparação com a avaliação positiva de uma ideia de integridade corporal, que é equiparada a uma suposta condição básica da normalidade humana.
O capacitismo é a raiz de um preconceito estrutural que parte do pressuposto de que as pessoas com deficiência, enquanto grupo social, são intrinsecamente inferiores àquelas sem deficiência (Toboso & Ferreira, 2021). Essa ideologia prejudicial manifesta-se de diversas formas na vida da comunidade surda, gerando discriminação e exclusão diárias.
E por isso ocorrem nas famílias a falta da comunicação correta e a aceitação, pensando que o surdo não precisa e não pode partilhar dos acontecimentos diários de uma casa, criando muitas vezes dentro de bolhas em casa, apenas dormindo e comendo, não tem trabalho e nem estudam, porque os ouvintes falam por ele, agem e resolvem por ele. Isso é triste! Nunca se pode achar que o surdo é um coitadinho! São pessoas comuns e que apenas não ouvem. Isto é capacitismo.
Fazer a diferença e impactar é dizer não ao capacitismo. É a chave de todo sucesso, de toda forma de conhecimento necessário a não julgar, a não se abster da relação mútua existente entre os seres. É saber lidar com as diferenças. É saber incluir e de verdade incluir!
5.1 O olhar compreensivo da pessoa surda
Se fossem pelas pessoas surdas, com certeza elas falariam que prefeririam que todos desenvolvessem a Libras para comunicar-se com elas. Mesmo assim sabem e compreendem os desafios que cada um enfrenta e que sempre é mais cômodo chamar um tradutor ou intérprete ou ainda é melhor fazer mímicas ou gestos. Os surdos sempre pedem para que o intérprete chame todos à sua volta para estudar Libras com ele, para se achegar à eles na comunicação e na interação social quando possível.
Mas percebem muitas vezes a timidez de pessoas que não sabem a Libras e com isso acabam afastando-se deles. E para as pessoas surdas acaba então ficando mais natural estar perto de alguém que saiba a Libras ou de algum intérprete da Língua para facilitar essa troca de ideias e informação. O que é uma pena! Muitas vezes estar perto de um intérprete parece ou fica tudo mais fácil se não há algum outro surdo por perto.
Quando se está numa roda de bate-papo com os amigos e um deles ouvinte apresenta o amigo surdo dizendo: Este meu amigo é surdo! Pronto! Acabou! O surdo percebe que há uma timidez por parte da pessoa e que agora sim os amigos ouvintes não saberão mais como chegar a ele para se cumprimentarem. Pronto, não sei mais o que falar, o que fazer. Não digo nada porque sei que não vai ouvir e que não sei Libras, apenas olho, olho de novo, mas dá nervoso, calafrios, o coração bate mais forte, a mão treme porque sou limitada a isto, não sei me comunicar com uma pessoa surda.
Tudo isso que se passa num acontecimento de piscar de olhos, mas o surdo compreende e percebe tudo isto e muitos dos surdos fazem o sinal de relaxa! Tranquilo! Calma! Tudo isso porque o olhar do surdo reconhece e eles são muito visuais, expressivos e mesmo que os ouvintes não percebam o surdo já está preparado para esta sociedade despreparada para dialogar através dos sinais.
Sem contar que muitos surdos sabem além da Libras, são alfabetizados na Língua Portuguesa (na modalidade escrita) para então auxiliar os ouvintes que não conhecem a Libras. Daí voltamos sempre no mesmo espiral sobre o porquê de não pensarmos numa educação bilíngue para todos. Mesmo a língua de sinais sendo a segunda língua mais usada no país está língua ainda é desconhecida por muitos brasileiros e ainda é difícil encontrar intérpretes em todos os lugares, escolas e repartições comerciais, o que traz prejuízos à este público.
5.2. Muito prazer! Eu falo com as mãos
Minhas mãos conseguem falar! Consigo expressar meus sentimentos e afetar o meu próximo! Que maravilha! Permito ao meu amigo surdo compartilhar da mesma emoção de um poema ou uma música que ouço! Esses pensamentos e falas partem do princípio de um ouvinte quando aprende a Libras e suas expressões não manuais.
Consigo chegar próximo a um surdo e me comunicar sem ficar nervoso e perdido nas ações somente através das minhas mãos e das expressões faciais? Sim. E para isso existe uma explicação bem fundamentada e que é possível através da Educação Bilingue promovida por lei sobre a inclusão social de surdos na Lei 14.191, de 2021, que insere a Educação Bilíngue de Surdos na Lei Brasileira de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB- Lei 9.394, de 1996) como uma modalidade de ensino independente — antes incluída como parte da educação especial.
A Libras tem avançado tanto para os surdos dando- lhes oportunidades em aprender na sua língua materna a sua segunda língua escrita a Portuguesa e promovendo mais conhecimento e ensino. É uma língua viva que a cada dia modifica- se, reformula-se tornando-a mais rica e aprimorando aos que fazem uso dela e aos ouvintes, sempre se atualizando e indo mais de encontro aos que desejam, estudam, pesquisam e interessam pela inclusão da pessoa surda no espaço/” ambiente ouvinte”.
6 O RECONHECIMENTO DO MEC ACERCA DA LÍNGUA DE SINAIS
São anos de luta, mas que aos poucos estão norteando um caminho melhor para a cultura surda. Esse merecido ganho é um dos fatores primordiais para vencer essa luta é o olhar diferenciado às comunidades surdas no avanço ao bilinguismo. O ministério da Educação defende uma de suas principais bandeiras que é o reconhecimento da cultura surda, por meio da propagação da língua de sinais.
A Educação bilíngue para os surdos é proporcionar à comunidade surda que é possível já nos primeiros anos de vida aprender sua língua materna não só no meio familiar, mas sim no ambiente escolar. “O que nós queremos construir junto com o MEC é uma escola bilíngue, priorizando essa discussão sobre o que significa realmente o bilinguismo e o acesso a uma educação plena”, reforçou Reichert.
“Normalmente, a criança ouvinte chega na escola sabendo sua língua materna, mas no caso dos surdos a escola bilíngue tem a possibilidade de abrir o espaço para trabalhar com a sua língua natural, a libras”, explica Strobel (2010).
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação bilíngue representa um avanço fundamental na garantia dos direitos linguísticos e educacionais das pessoas surdas. Ao reconhecer a Libras como primeira língua e o português como segunda, essa proposta valoriza a diferença e promove uma aprendizagem mais significativa e inclusiva. No entanto, para que esse modelo alcance seu pleno potencial, é indispensável o envolvimento das famílias.
Quando pais e responsáveis aprendem Libras e participam do processo educativo, contribuem para o fortalecimento emocional, social e cognitivo da criança surda. A comunicação se torna mais fluida, os vínculos afetivos se consolidam e o ambiente familiar passa a ser um espaço de acolhimento e pertencimento. Por isso, investir na formação das famílias é tão importante quanto garantir o acesso à escola bilíngue.
Conclui-se que, o surdo deve ser acolhido sempre com início na sua própria família para ser bem acolhida na sociedade de forma a se sentir com a autoestima elevada por ter tido em sua vida um bom aconchego humano e social. Espera-se que as famílias conscientizem da necessidade a priori da boa e segura comunicação para com o surdo que convive junto no mesmo meio social, afetivo, familiar e descubram quão importantes são os conceitos de comunicação precisa e fazer com que o este surdo sinta-se pleno e seguro dentro de sua própria família e acolhido por todos.
Tudo o que foi pensado e falado aqui nada mais é que prazeroso e empático para uma vida com boa saúde mental e plena vivência social seja ela cognitiva, moral, de caráter e afetivo e que os membros de cada família procurem os cursos de libras para conhecerem, aprenderem e aprimorarem sua comunicação na língua de sinais.
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1Artigo publicado na EWBU no curso de Mestrado em Ciências da Educação como trabalho de nivelamento de estudos das disciplinas básicas.
21 Marivania Teixeira de Alencar Oliveira. E-mail: mary26msn@hotmail.com
Dr. Genilson Canavarro de Abreu E-mail: genilsoncanavarro@hotmail.com
Arquivo – EDUCAÇÃO_BILÍNGUE_(1)[1][1]
#1 on 2025-dez-01 seg 12:39+-10800
#2 on 2025-dez-01 seg 12:49+-10800

