MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA E APRENDIZAGEM: ESTRATÉGIAS PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Francisca Edna Camelo Torres Lima[1]
Quitéria Vanderleia Martins Sampaio[2]
Rossana Magalhães Farias[3]
RESUMO
O presente trabalho relata os motivos pelos quais os professores, principalmente da educação infantil, devem exercer a mediação no processo de ensino-aprendizagem das crianças, para que seus aprendizados sejam construídos de forma transformadora, onde não há transmissão de conhecimento, mas sim construção de saberes da parte das crianças com a mediação de bons professores. A mediação pedagógica é uma abordagem que visa facilitar o processo de aprendizagem, promovendo interações significativas entre educadores e alunos. Esse conceito destaca a importância do papel do professor como mediador, que orienta e apoia as crianças na construção do conhecimento, reconhecendo suas individualidades e contextos. A pesquisa sobre a mediação pedagógica na aprendizagem infantil busca compreender como essa prática pode influenciar o desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças, contribuindo para uma educação mais inclusiva e eficaz. O objetivo geral deste artigo é investigar a importância da mediação pedagógica no processo de aprendizagem das crianças, analisando como essa prática pode potencializar o desenvolvimento integral dos alunos em ambientes educacionais. A pesquisa será conduzida por meio de um estudo qualitativo, utilizando a pesquisa bibliográfica. Essa abordagem permitirá uma análise rica e contextualizada sobre a eficácia da mediação pedagógica na aprendizagem infantil. Esta pesquisa é significativa pois busca evidenciar como a mediação pedagógica pode ser um recurso valioso na educação infantil, contribuindo para a formação de um ambiente de aprendizagem mais colaborativo e adaptado às necessidades das crianças. Os resultados poderão fornecer subsídios para a formação de professores e para a elaboração de políticas educacionais que valorizem práticas mediadoras, promovendo um ensino mais inclusivo e eficaz.
Palavras chave: mediação, educação infantil, ensino-aprendizagem.
ABSTRACT
This paper reports the reasons why teachers, especially in early childhood education, should mediate in the teaching-learning process of children, so that their learning is constructed in a transformative way, where there is no transmission of knowledge, but rather the construction of knowledge on the part of children with the mediation of good teachers. Pedagogical mediation is an approach that aims to facilitate the learning process, promoting meaningful interactions between educators and students. This concept highlights the importance of the role of the teacher as a mediator, who guides and supports children in the construction of knowledge, recognizing their individualities and contexts. Research on pedagogical mediation in early childhood learning seeks to understand how this practice can influence the cognitive, emotional and social development of children, contributing to a more inclusive and effective education. The general objective of this article is to investigate the importance of pedagogical mediation in the learning process of children, analyzing how this practice can enhance the integral development of students in educational environments. The research will be conducted through a qualitative study, using bibliographic research. This approach will allow for a rich and contextualized analysis of the effectiveness of pedagogical mediation in early childhood learning. This research is significant because it seeks to demonstrate how pedagogical mediation can be a valuable resource in early childhood education, contributing to the creation of a more collaborative learning environment that is adapted to the needs of children. The results may provide support for teacher training and for the development of educational policies that value mediation practices, promoting more inclusive and effective teaching.
Keywords: mediation, early childhood education, teaching-learning.
1 INTRODUÇÃO
A mediação pedagógica emerge como uma estratégia essencial na educação infantil, reconhecendo o papel do professor não apenas como transmissor de conhecimento, mas como um facilitador do aprendizado. Essa abordagem permite que os educadores orientem as crianças em suas descobertas, promovendo o desenvolvimento de habilidades cognitivas, sociais e emocionais. De acordo com Vygotsky (1998), a interação social é fundamental para o aprendizado, e a mediação do professor proporciona um ambiente em que as crianças podem explorar, questionar e construir conhecimento de maneira colaborativa.
Desenvolver a curiosidade e o pensamento crítico, faz parte da mediação pedagógica, que contribui diretamente para o desenvolvimento de habilidades emocionais, como a empatia e a resiliência. Em seu trabalho, Delors (1998) enfatiza a importância de educar para a vida, destacando que a educação deve preparar as crianças não apenas para o conhecimento acadêmico, mas também para as relações interpessoais e a convivência social. Assim, ao atuar como mediadores, os professores ajudam os alunos a se tornarem cidadãos mais completos e conscientes de suas emoções e das emoções dos outros.
Segundo Almeida e Lemos (2015), a prática da mediação pedagógica também se alinha com a proposta de uma educação inclusiva, que reconhece e valoriza a diversidade nas salas de aula. a mediação permite que cada aluno, independentemente de suas particularidades, encontre seu espaço e seu ritmo de aprendizagem. Essa valorização da individualidade é crucial para que todos os estudantes se sintam acolhidos e motivados a participar ativamente do processo educativo, criando um ambiente em que o respeito e a solidariedade são fundamentais.
Desta forma, a mediação pedagógica se revela uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento integral das crianças, proporcionando um aprendizado significativo que vai além da mera acumulação de conteúdos. Ao integrar teorias de autores como Vygotsky, Delors e Almeida e Lemos, podemos compreender melhor como a mediação do professor impacta positivamente as habilidades dos alunos, preparando-os para os desafios do século XXI. A pesquisa sobre essa temática se torna, assim, vital para a melhoria das práticas educacionais e para a formação de educadores mais conscientes de seu papel mediador.
- A MEDIAÇÃO DO PROFESSOR E A APRENDIZAGEM CONCEITUAL
O professor mediador deve mostrar interesse em interagir com seus alunos, em mostrar que não é superior a eles, mesmo detendo maiores experiências, mas que está ali como um parceiro para que a criança se desenvolva ativamente, sendo autônoma e crítica, reconhecendo seu papel social no mundo.
O aluno se sente interessado a aprender quando o educador tem práticas assertivas de ensinar o conteúdo contextualizando com a realidade, permitindo vivências em sala de aula e em todos os ambientes escolares. O aluno motivado busca ser ativo e participativo, enriquecendo às aulas e tornando o ensino-aprendizado diferenciado, onde existe cooperação e uma boa formação.
A aprendizagem conceitual refere-se ao processo pelo qual os indivíduos adquirem, organizam e aplicam conceitos, permitindo-lhes compreender melhor o mundo ao seu redor. Esse tipo de aprendizagem vai além da memorização de fatos e informações; envolve a construção de significados e a formação de ligações entre ideias, facilitando a transferência de conhecimento para novas situações. De acordo com David Ausubel apud Moreira (2001) no diz que um dos principais teóricos da aprendizagem significativa, a aprendizagem ocorre quando uma nova informação é integrada a uma estrutura cognitiva já existente, permitindo que o aluno compreenda e faça uso desse conhecimento de maneira mais eficaz.
A aprendizagem conceitual é contextual. Os alunos aprendem melhor quando podem relacionar novos conceitos com experiências prévias ou com situações do cotidiano. Por exemplo, ao ensinar o conceito de ecossistema, é mais eficaz se os alunos puderem observar um ecossistema local e discutir suas características, em vez de apenas ler sobre o tema em um livro. Essa abordagem contextualizada ajuda a solidificar o conhecimento e a tornar a aprendizagem mais relevante e significativa.
Aqui mostraremos alguns pontos importantes das teorias de Vygotsky que tratam sobre os conceitos espontâneos e os conceitos científicos. Na perspectiva de Vygotsky “os conceitos são entendidos como uma síntese de relações e generalizações contidos nas palavras e determinados por um processo histórico cultural” (REGO 2009, p. 76).
Logo, Vygotsky acredita que ao longo da vida, e dependendo do meio cultural em que a criança esteja incluído, ela vai transformando o ambiente e se transformando na medida em que o ambiente é transformado, assim para que os conceitos se formem é preciso que as construções culturais aconteçam, às crianças passam a ter seus conceitos formados e definidos.
Ao chegar à escola, a criança traz consigo saberes elaborados de forma social. Esses conhecimentos adquiridos nesse processo são chamados por Vygotsky de conceitos espontâneos, que serão aprimorados e acrescidos a partir do contato com o objeto e a interação com outro, tendo como apoio a mediação do professor.
Já no ambiente escolar a criança começará a construir noções relativas a um processo educativo direcionado pelo professor, tendo como objetivo ensinar aos alunos um conjunto de saberes construídos historicamente ao longo da trajetória humana, estes são os conceitos científicos.
As aprendizagens de tais conceitos, espontâneos e científicos, englobam o processo de elaboração conceitual. Diante das duas situações de aprendizagem podemos entender formas de mediação diferenciadas a partir da natureza dessas ações.
Por isso, um aspecto importante da aprendizagem conceitual é a sua natureza colaborativa. A interação com colegas e educadores pode enriquecer o processo, permitindo que os alunos compartilhem diferentes perspectivas e esclareçam suas ideias. A troca de experiências e o diálogo em grupo são cruciais para a formação de uma compreensão mais profunda dos conceitos, pois promovem a reflexão crítica e a construção coletiva do conhecimento.
Nos primeiros anos escolares, a criança, em constante interação com seu professor, colegas e objetos que compõe o meio, aprende de forma espontânea as palavras, ideias, comportamentos e etc. que estão ao seu redor e fazem parte da cultura do grupo social no qual está inserida. Por isso se faz tão relevante a mediação do professor, contextualizando e enfocando elementos da realidade das crianças e enriquecendo com novas oportunidades de aprendizagem, trabalhando por meio de atividades vivenciadas em diferentes momentos no âmbito escolar.
No contexto de escolarização a mediação deve se dá de forma deliberada, com objetivos direcionados e explícitos, procurando trazer ao entendimento da criança os conhecimentos sistematizados, ou conceitos científicos. Dessa forma, os autores desse processo, professor e aluno, inserem-se em uma relação tendo por fim o ensinar por parte do educador, cabendo ao educando aprender os conteúdos. Mas não de forma transferida, e sim vivenciada, experimentada, descoberta pelo aluno e adicionada ao seu conhecimento.
As implicações da aprendizagem conceitual para a prática educacional são vastas. Educadores devem adotar metodologias que favoreçam a construção ativa do conhecimento. Isso pode incluir o uso de projetos, estudos de caso, debates e atividades práticas que incentivem os alunos a aplicar o que aprenderam em contextos variados. Além disso, é fundamental que os professores estejam atentos à estrutura cognitiva dos alunos, buscando conexões entre novos conteúdos e conhecimentos já adquiridos, conforme preconizado por Ausubel.
Apesar da distinção apresentada entre conceitos espontâneos e científicos, estes articulam-se entre si, englobando um único processo, sendo este o desenvolvimento da formação conceitual, onde a criança aprende espontaneamente e com as atividades dirigidas e orientadas pelo professor.
Dessa forma, Fontana (1993, p. 125) esclarece que:
Frente a um conceito sistematizado desconhecido, a criança busca significa-lo através de sua aproximação com outros já conhecidos, já elaborados e internalizados. Ela busca enraizá-lo na experiência concreta. Do mesmo modo um conceito espontâneo nebuloso, aproximado a um conceito sistematizado, coloca-se num quadro de generalização.
O meio em que o indivíduo está inserido, bem como a postura do educador diante dele, têm um papel significativo quanto ao processo de formação de conceitos. A criança precisa estar em constante estímulo, tendo um ambiente desafiador e, ao seu lado, um educador que compreenda que somente o repasse de informações não é suficiente.
É necessário enxergar o ambiente escolar como local de grande papel e influência no desenvolvimento intelectual, do indivíduo, propiciando ao aluno conhecer e refletir acerca dos saberes construídos ao longo da história da humanidade (REGO, 2008).
Vygotsky considera de fundamental importância para o desenvolvimento da criança às aprendizagens que a criança faz ao longo de sua trajetória, destacando aquelas aprendidas na escola, pois o ambiente educacional propicia ao aluno estar em contato maior e constante com diferentes pessoas, permitindo-lhe “colocar em movimento vários processos de desenvolvimento que sem a ajuda externa, seriam impossíveis de ocorrer. Esses processos se internalizam e passam a fazer parte das aquisições do seu desenvolvimento individual (IDEM, p. 74, 2008).”
Rego (2009) mostra de forma clara que o desenvolvimento da criança ocorre de acordo com as aprendizagens que esta vai ter ao longo da vida, é por meio da influência que o ser humano se desenvolve, sendo assim sua permanência no âmbito educacional é primordial para sua formação.
De maneira mais apurada Rego (2009, p. 76) explica:
O desenvolvimento e a aprendizagem estão inter-relacionados desde o nascimento da criança (…) desde muito pequena através da interação com o meio físico e social, as crianças realizam uma série de aprendizados. No seu cotidiano, observando, experimentando, imitando e recebendo instruções das pessoas mais experientes de sua cultura (…).
Nessa análise o papel desempenhado pelo professor em sala de aula deve se destacar na atuação em promover a interação entre aluno e conteúdo. Pois o professor é a pessoa mais experiente aquele ambiente, então faz o papel de promover as atividades para que o aluno tenha uma série de aprendizados significativos.
Para Saviani (2003) A relação entre professor e aluno consiste em uma interação de Prática Social, essa relação deve ser de forma parceira, e não o professor querer ser superior ao aluno por ser o sujeito de maiores vivências culturais e intelectuais, como vemos essa prática na Pedagogia Tradicional, na qual o professor transfere o conteúdo para o aluno. Saviani (2003) também faz frente a Pedagogia Nova, na qual toda atividade e busca de conhecimento deve ser de iniciativa do aluno.
A Pratica Social estar possibilitando que aluno e professor sejam parceiros no momento da aprendizagem, cabendo ao professor não somente ensinar os conteúdos atuais e curriculares, mas sim, resgatar também conhecimentos históricos, conhecimentos amplos, possibilitando que os alunos possam utilizá-los em sua vida social.
A forma conceitual de ensinar precisa de uma metodologia flexível, mas também que seja baseada em pontos que busquem o desenvolvimento do aluno com sintonia ao meio que está. Paulo Freire e sua influência na educação nos leva a refletir sobre o comportamento dos discentes, esses devem proporcionar qualidade de ensino gradual e uma aprendizagem realmente significativa para seus educandos.
Segundo Freire (1980, p. 41):
[…] Procurávamos uma metodologia que fosse um instrumento do educando, e não somente do educador, e que identificasse – como fazia notar acertadamente um sociólogo brasileiro – o conteúdo da aprendizagem com o processo mesmo de aprender.
A citação aborda a busca por uma metodologia educacional que envolva ativamente o aluno no processo de aprendizagem, transformando-o em um agente ativo em vez de um receptor passivo de informações. Essa abordagem enfatiza a importância de o educando ser parte integrante da sua própria educação, utilizando ferramentas e estratégias que favoreçam seu envolvimento e autonomia.
Quando se menciona que a metodologia deve “ser um instrumento do educando, e não somente do educador”, isso sugere que as práticas pedagógicas devem ser projetadas para empoderar os alunos, permitindo que eles participem ativamente da construção do seu conhecimento. Isso implica em criar um ambiente de aprendizagem onde as experiências, as interações e as reflexões dos alunos são valorizadas e integradas ao processo educativo.
O pensamento destaca a relação intrínseca entre o conteúdo da aprendizagem e o processo de aprender. Isso significa que o aprendizado não deve ser visto apenas como a aquisição de informações, mas como um processo dinâmico que envolve descoberta, experimentação e reflexão. O educador, nesse contexto, atua como mediador, facilitando o aprendizado através de práticas que conectam o conhecimento teórico às experiências práticas dos alunos.
Portanto, essa perspectiva educacional promove uma visão mais holística da aprendizagem, onde o foco está na experiência do aluno, reconhecendo que o verdadeiro aprendizado ocorre quando o educando se envolve ativamente e se identifica com o que está aprendendo. Essa abordagem, defendida por diversos teóricos, é crucial para uma educação mais significativa e eficaz.
2.1 A MEDIAÇÃO DO PROFESSOR E O DESENVOLVIMENTO DOS ALUNOS
A partir dos estudos do psicólogo russo Lev Vygotsky (1988), é possível compreender que o conhecimento construído por meio do processo de escolarização contribui para a progressão de processos ligados ao sistema nervoso central, que irão incidir sobre o desenvolvimento psicointelectual do aluno.
A construção do conhecimento se dá, desde o nascimento do bebê, a partir da interação do indivíduo com o meio social e cultural. Assim a criança, a partir do desenvolvimento do pensamento e da linguagem, que segundo Vygotsky desenvolvem-se de forma simultânea, começa a tomar parte dos conhecimentos acumulados ao longo da história da humanidade, se dando especialmente no espaço escolar, por meio da interação professor-aluno-conhecimento.
O ensino de cada conteúdo ao aluno influencia no desenvolvimento e na formação sociocultural também do indivíduo, assim precisa de uma maior atenção à forma como esses saberes são ensinados aos alunos. Levando em consideração essa afirmação, é possível refletir acerca de como é fundamental a maneira que tem se dado o ensino nos anos iniciais, para que toda a vida de aprendizagem do aluno tenha uma boa base.
Os alunos que desde a educação infantil participam de aulas que objetivam uma formação completa com contextualização histórica, ligações estabelecidas entre a participação social e o desenvolvimento intelectual, não terão desinteresse ao passar dos anos escolares, não se sentiram desmotivados, visto que o professor mediador realiza a apreciação vivenciada e contextualizada dos conteúdos, fazendo tanto sentido para a vida dos educandos, que ao passar de ano os alunos terão uma formação de qualidade que viabiliza a descoberta e a investigação por parte da criança, possibilitando assim uma análise crítica dos conteúdos estudados.
É preciso compreender que o educando deve atuar ativamente em sua aprendizagem, cabendo ao educador “favorecer/propiciar a inter-relação (encontro/confronto) entre sujeito (aluno) e o objeto de seu conhecimento (conteúdo escolar)”, sendo que “o saber do aluno é uma dimensão importante do seu processo de conhecimento (processo de ensino-aprendizagem) (SANTOS, p. 01, 2009)”.
Aluno e professores, devem se compreender dentro do processo de ensino-aprendizagem não apenas como receptores e repassadores de conteúdos, mas como agentes desse processo, buscando uma formação profunda, real e crítica, procurando entender o processo de construção do conhecimento.
Segundo Neves (p. 09,2004):
Uma construção sobre o real, que precisa ser reconstruído e problematizado, traz consequências importantes para a educação e o ato pedagógico. Perceber o aluno como um vir a ser, nas suas condições concretas de existência, significa proporcionar-lhe um processo ensino-aprendizagem englobador desses mecanismos de produção e aquisição desse conhecimento, tendo em vista a compreensão da realidade em que vive e atua.
O aluno terá total sucesso em seu processo de aprendizagem quando o professor interagir com ele, procurando compreendê-lo e não o coagir. É preciso valorizar o processo que está em andamento para a formação da criança, saber que a realidade do aluno influencia em sua aprendizagem, mas que o aluno está receptivo para outras aprendizagens, para receber outras leituras e conhecimentos.
Quando o professor não dá respostas prontas para o aluno, mas o incentiva a crescer, procurando respostas em matérias disponibilizados pelo professor, esse está sendo o mediador que fará a total diferença na vida do aluno. Permitir a criança a aprender usando os seus erros para mostrar um outro caminho, no qual ela irá aprender, essa é a chave para a criança se desenvolver e exercer com louvor seu papel no mundo.
3 METODOLOGIA
A Metodologia utilizada na pesquisa para a realização deste artigo foi de caráter descritiva, baseada em estudo de autores como Vygotsky, Saviani, Rego, Neves entre outros, este trabalho foi elaborado com o objetivo de descrever o valor da parceria no ensino aprendizagem entre professor e aluno.
A metodologia faz parte dom caminho a ser percorrido, ao que se pretende transitar e alcançar. O recurso aplicado neste estudo tem um caráter predominante predominantemente bibliográfica, com uma revisão sistemática da literatura existente sobre o tema.
A pesquisa foi realizada por meio de uma revisão bibliográfica abrangente, analisando artigos acadêmicos, livros e o uso de tecnologias digitais na educação atual. A pesquisa bibliográfica, segundo Fonseca (2002), “[…]Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto”. Serão analisados artigos acadêmicos, livros, teses e dissertações que abordem o impacto das tecnologias digitais na educação.
A análise crítica desses materiais com fundamentos de autores renomados e atuais permitirá identificar tendências, lacunas na pesquisa atual e oferecer uma visão abrangente sobre como essas ferramentas estão moldando a educação contemporânea.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho de conclusão de curso tem como conclusão que o processo de ensino aprendizagem quando feito de maneira onde o professor é mediador e atua de forma a auxiliar o aluno na construção de seu aprendizado, os benefícios alcançados fazem com que o aluno se torne o protagonista de sua história curricular.
Quando o professor acerta na maneira de se comunicar com os seus alunos, individualmente e coletivamente, ele proporciona a construção do conhecimento individual e em conjunto, no qual a interação entre todos fortalece a aprendizagem e proporciona a maturidade para que os alunos se tornem sujeitos ativos na sociedade.
É fundamental que o professor conheça muito bem seus educandos para que possa planejar aulas com características e que abordem o conteúdo necessário para que a prática docente atue de madeira transformadora na vida de seus alunos, um bom planejamento é essencial.
Concluo então afirmando que é preciso mediar o conteúdo com amor, respeito e atitude, pois os alunos estão aptos para aprender e crescer. Consistindo assim a ação de ensinar em uma prática social transformadora, como ensinou Paulo Freire.
REFERÊNCIAS
FONTANA, Roselia Cação. Mediação Pedagógica da sala de aula. 4 ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2005.
MOREIRA, M. A.; MASINI, E. F. S. Aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Centauro, 2001.
NEVES, Vilma Fernandes. Práticas Educativas- O Ensino e a Formação dos Professores das Séries Iniciais. Sepq, dez. 2004. Disponível: < http://www.sepq.org.br/IIsipeq/anais/pdf/gt4/02.pdf>. Acesso em: 15 março. 2023.
FREIRE, Paulo. Conscientização: teoria e prática da libertação. 3. ed. São Paulo: Centauro, 1980.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 30. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
REGO, Teresa Cristina. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. Teresa Cristina Rego. 19. ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
SAVIANI, D. Escola e Democracia. 36. ed. Campinas: Autores Associados, 2003.
SANTOS, Clézio. Linguagem e Pensamento de Vygotsky. P@rtes- a sua revista virtual, fev. 2009. Disponível em:<http://www.partes.com.br/educacao/geografiaelinguagem.asp>. Acesso em: 18 março. 2023.
[1] Mestranda em Ciências da Educação pela UNIGRAN
[2] Mestranda em Ciências da Educação pela UNIGRAN
[3] Mestranda em Ciências da Educação pela UNIGRAN
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