GESTÃO DEMOCRÁTICA: Para Implementação de Política Pública
DEMOCRATIC MANAGEMENT: For the Implementation of Public Policy
Maria Madalena de Souza Borges1
RESUMO
Gestão Democrática na sua integralidade, com visão futurística. Realizado pelo método hipotético-dedutivo com fundamentação teórica através de pesquisa bibliográfica, visando através do diálogo e observação indutiva, extrair o que seja comum a todos: assimilação, planejamento e participação. Aplicando técnicas e métodos, após conhecê-lo com profundidade. A história da educação acontece com a busca de se conhecer, conhecer o outro e na construção da sociedade. A Educação Brasileira sofreu influências de outros países, consolidando-se no final do século XIX, sendo constituída legislação educacional específica com a criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394 onde especifica a gestão democrática, baseada na Lei da Constituição Federal/1988. Gestão e administração são sinônimas. Gestão escolar fala de escola e é formal. Sendo democrática, fortalece as parcerias com Conselhos e seus atores sociais. Aquele que planeja e gerencia (gestor) fortalece estratégias educacionais significativas na aprendizagem, buscando na equipe novos líderes, sendo criativo e dinâmico, liderando com sensibilidade, responsabilidade e compromisso, não deixando o comodismo acabar com os talentos dos coparticipantes.
Palavras-chave: Gestão democrática. Educação. Política Pública.
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¹ Artigo publicado na EBWU no Curso de Doutorado em Ciências da Educação como trabalho de nivelamento de estudos das disciplinas básicas. Doutoranda da EBWU Emil Brunner World University. E-mail:mmsborges02@yahoo.com.br
1 Introdução
As mudanças sociais e exigências da modernidade colocam a unidade escolar no patamar de maior importância na construção da educação. Na história da sociedade, percebe-se progressivamente formas de educação formal que promovem o diálogo e a ação nos ambientes educacionais, com senso crítico, estimulando todos à participação coletiva. Articular mudanças da prática escolar é meta primordial da gestão democrática com visão holística e proativa com o propósito de obter um ambiente estimulante, com confiança, valorizando ações que melhore as práticas educativas na formação dos formadores.
Compreender o quanto é importante uma Gestão Democrática, envolve a aquisição de conhecimentos das dimensões administrativas, pedagógicas, de infraestrutura e relações pessoais e interpessoais em uma unidade escolar. Oportunizar a participação da comunidade no diagnóstico e propostas de intervenções em todas essas dimensões requer atitude de compartilhar com o outro, respeitando-o em sua individualidade, fortalecendo os laços das relações interpessoais existentes entre os membros da comunidade escolar.
Essa abertura à participação permite a construção de novos caminhos para uma educação de qualidade com dinamismo, ideias renovadoras, participação de novos atores, pessoas protagonistas da educação que desenvolvam competências gerenciais no processo educativo. Para isso é preciso que a gestão democrática tenha uma visão global da vida, um “olhar de águia”, de forma que integre o corpo discente, docente e todos os colaboradores desse processo, de maneira que impeça dispersões, crises, vazio, repressão e desvalorização de um dos segmentos, antecipando-se aos desequilíbrios através de planejamento fundamentado por uma visão proativa, esta permeia todas as dimensões.
Este trabalho realizado pelo método hipotético-dedutivo com fundamentação teórica através de pesquisa bibliográfica tem como foco fortalecer a Gestão Democrática, na compreensão do processo histórico, conceituando e definindo papéis específicos para maior entendimento no processo de fortalecimento de estratégias educacionais com abordagens de ações e dimensões da gestão.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
A Gestão Democrática
A gestão democrática visa fomentar a participação ativa de todos os sujeitos que fazem parte do contexto organizacional específico, seja educacional, empresarial ou comunitário. Esta abordagem enfatiza a transparência, o diálogo e a colaboração, possibilitando que diversas vozes sejam ouvidas e levadas em conta nas decisões. Ao promover um ambiente inclusivo, a gestão democrática não apenas reforça a cidadania, mas também amplifica a criatividade, culminando em soluções mais eficazes e ajustadas às necessidades do grupo. Este artigo examinará os princípios essenciais da gestão democrática, suas aplicações práticas e os benefícios que a gestão democrática proporciona
História da gestão
Partindo do princípio de que etimologicamente, história é a narração metódica dos fatos notáveis, ocorridos na vida humanizada, há de se verificar, que a arte de adquirir, coletar e transmitir aqueles conhecimentos se dá através das tradições e ou documentos.
As mudanças ocorrem desde primeiros registros da existência da humanidade, sendo-as com maior ou menor grau de intensidade e com diferentes ritmos.
Mudança é algo que se almeja ou é levada a acontecer, por consequência em oposição ou ajuste, a determinada reação. Buscando por sua vez, a reflexão de todos os conhecimentos, seja de forma subjetivo-interpessoal, ou objetivo-intrapessoal, lógico, rigoroso e radical em toda a sua amplitude.
A História da Educação é o campo reservado, que objetiva formar o compêndio dos fatos e métodos educacionais, porque passou e passa a humanidade. Ao reportamos desde a origem do homem e a descoberta de que era possível se comunicar, através de sinais e oralidade.
Com suas tradições, costumes e manifestações socioculturais, até os navegantes internautas da mais recente tecnologia, para certificar que a história da educação se faz a cada instante uma sucessão de busca de conhecimentos. Ao nos reportamos ao histórico da educação Brasileira a e aos grandes historiadores da educação, vemos que o Brasil teve influências por ideias estrangeiras, e que de acordo a necessidade, foi fortalecendo o seu contexto educacional, formando um estilo, ou seja, construindo um estilo próprio.
De acordo Pykosz e Valerio (2008, p.125): “O domínio da Igreja Católica, que esteve á frente da educação e, no Brasil, deteve o poder por um tempo considerável – 360 anos”. Mas, o ensino brasileiro também teve a influência da ação missionária protestante ainda de acordo a Pykosz e Valerio (2008): “As escolas protestantes representavam peças-chave para a difusão de ideias e, principalmente, de cristianização da sociedade, da cultura, dos hábitos e costume por meio de práticas escolares (p.133)”. Neste contexto foi se o construindo o Ensino Brasileiro, e no final do século XIX e no XX, foi se constituindo uma Legislação Educacional específica à Educação Brasileira.
Por saber que somente no século XX a situação do acesso das pessoas à escola começara a mudar, tendo uma expressão da escolaridade obrigatória. A escola brasileira ainda enfrenta muitos conflitos, mas é preciso trabalhar a educação com os Pilares, tendo como reflexão que escola e democracia estão vinculadas, tendo a democracia dimensão como valor e processo. Mostrando através de projetos sociais marcados pela participação com a gestão democrática. É bom lembrar que escola, espaço social de troca coletiva onde todos aprendem e é o pólo cultural de desenvolvimento da comunidade. É onde se constrói uma cultura própria, a cultura escolar.
No Brasil a educação pública e gratuita é uma conquista da República e, mas especificadamente do século XX. Lembrando que “conceitos” modificam de acordo a épocas.
A escola só servia a elite, mas com o passar do tempo começou a abrigar outras camadas sociais e surgiu então problemas: reprovação, repetência entre outros. Mas durante este processo de transformação, o governo pode criar mecanismos com o intuito de tentar resolvê-los. A escola começa então a se tornar um espaço democrático com práticas sociais. Fortalecendo ainda que, a missão de cada escola, equipe gestora, gestor, professor é promover o desenvolvimento do educando, preparando-o para a cidadania e qualificando-o para o trabalho, tendo dimensão e aspectos marcados na formação humana, tornando-o completo, feliz através da formação do indivíduo pensante e criativo. Fortalecendo a busca de conhecer a origem, refletir as necessidades e anseios em todo o contexto histórico, gerando garantias de oportunidades, levando à origem e compreensão social, que tenha fundamentos. Porque a conformidade na educação leva a apatia.
A primeira LDB criada em 1948 e só aprovada em 1961, onde aconteceu um grande debate sobre o ensino público e privado e depois com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394 (BRASIL, 1996), doravante LDB, neste ínterim ocorreu no mundo um avanço tecnológico e científico, passando por várias transformações e em especial à Educação, vindo fortalecer o alargamento do significado da educação para além da escola, o pensar sobre o aluno, como o ser que precisa de atenções em sua subjetividade fortalecendo com sistemas de valores e políticas educacionais que envolvam a relação entre o Estado, educação e sociedade, pautadas na Constituição Federal (BRASIL, 1988). Desencadeando uma série de ações fomentadas com as Políticas Públicas implantadas, tendo como destaque uma visão de Educação de Qualidade.
A Educação, elemento variável entre o aprender significativo e produtivo, elevando o nível tanto educacional de escolarização e culturalmente de um povo, é necessária entendê-la como fator do processo de desenvolvimento social e econômico de uma sociedade, onde deve desempenhar um papel contínuo e de qualidade com significância à vida do envolvido, tanto do educador como pesquisador quanto do educando, sendo mediada por uma gestão escolar que seja democrática e motivadora.
Entendendo que na Filosofia da Educação há a busca e reflexão do momento histórico, bem como a problemática educacional apresentada, abrindo caminho para a ciência, não estabelecendo método ou técnicas de educação, e sim, abrindo o campo da reflexão sobre: a necessidade do homem ser educado, e, de como a educação pode ser o processo de libertação da humanidade, sendo preciso vê-la como prioridade à formação do cidadão crítico e atuante, na contribuição da inclusão social. Neste processo, é incoerente que a escola, em seu papel sociopolítico e pedagógico, fique na inércia.
Por ser processo sistemático e integral, destinada a determinar até que ponto seus objetivos previamente determinados foram alcançados, a avaliação se propõe corrigir o produto educacional formado e as metas diretivas a que se propôs. Observando que a Educação Pública Brasileira, em relação aos padrões internacionais, não satisfaz quanto à qualidade e desempenho educacional. É que faz preciso, reformas nas práticas pedagógicas e na organização escolar, tendo como foco a Gestão Democrática e participativa, com metas significativas e seguras, com a descentralização do poder, promovendo com qualidade o ensino/aprendizagem, aprendizagem/ensino, buscando soluções ou novas soluções, aplicando e fortalecendo as políticas públicas nacionais existentes. Promovendo o diálogo e a ação, atuando nos ambientes educacionais, com senso crítico, estimulando todos à participação coletiva e colaborativa, articulando mudanças da prática social, para obter um ambiente estimulante, com confiança, valorizando as ações específicas na melhora da formação completa dos envolvidos, capaz de fornecer as regras para o desenvolvimento moral e ético e ensinamentos às decisões.
A escola já não é mais a mesma, tem modificado ao longo da história, passando por uma transição de metodologias de ensino, além de transmitir a riqueza e a tradição de uma geração à outra, abandonando-se a prática baseada na simples transmissão de informações para adotar aquela que consiste na construção de significados. Segundo os ensinamentos do mestre Freire (1986): “Quem não está dentro para aprender não pode ensinar (p.68)”. Não nos é permitido neste emaranhado da vida, não buscar novos saberes. E assim não nos é permitido ensinar o que não sabemos.
Adotando metodologias que incentivem os educandos a buscarem, através do ensino-pesquisa-problema, questionamento, o conhecimento, o aprimoramento, a habilitação profissional (domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna), ser crítico, autônomo, capaz de compreender as diversas formas contemporâneas de linguagem e principalmente, a ser valorizado como pessoa-humana, como sujeito participativo da história capaz de exercer a cidadania.
Na nova proposta, procurando evidenciar uma proposta de educação de ensino e aprendizagem fundamentada nos Pilares da Educação, em que a escola possa gerar mudanças nas formas atuais, resgatando valores humanos que ajudem no processo de convivência e construção de uma verdadeira autonomia de cada ser, é preciso que os educandos tenham participação ativa no processo e subsequente na aprendizagem, ou seja, ser agente de sua própria construção. Em vista disso, acreditamos que é preciso buscar novos métodos para que a aprendizagem aconteça de forma simples e prazerosa já que sabemos que o processo da aquisição é muito complexo, tornando-se exaustivo pelo fato de que na maioria parte das vezes os professores usarem procedimentos didáticos tradicionais.
Nessa mudança, deve haver uma ampliação no papel do professor, que agora passa a ser facilitador de processos, ou seja, aquele que fornece as informações necessárias para que o aluno tenha condições de construir seu conhecimento. Esse processo tem suscitado questionamentos e diversos pontos de vista quando a necessidade, a intervenção do professor, na função de mediador.
Visto sob esse prisma, é de fundamental importância que o professor/educador proporcione o desenvolvimento do educando através de momentos de partilha, diálogo e aprendizagem medidas pelo prazer, e não com o único pretexto para as aulas maçantes feitos por mera obrigação. Essa missão de seduzir o aluno torna-se, nos tempos de hoje necessária, pois vivemos em uma época de profundas e significativas mudanças.
Hoje, o educando, vive em uma sociedade que oferece cada vez mais, atrativos tecnológicos que seduzem, por esse motivo, a escola precisa ter o compromisso de abrir suas portas para o mundo de encantamento, sabendo que o desempenho dos alunos é um dos aspectos do processo educacional, mas não é o único. Compreendendo que a escola é uma instância de lutas pela transformação da sociedade, é necessário que nela haja lições educativas para a vida pessoal e coletiva. Elevado à autoestima dos educandos e destacando o poder de sua influência e obrigações no bojo da sociedade, situando-o e fazendo-o participar da vida comunitária de forma consciente, enquanto ser social, para que crie hábito de defesa de seus direitos e compromissos com os seus deveres, consequentemente exercendo o verdadeiro papel de cidadão.
Devendo relacionar educação como forma de uma melhor qualidade de vida, para que nos próximos anos de nossa existência na terra, possamos continuar buscando junto com o outro, com a expectativa de autoavaliar, retornando e adaptando, sermos entendidos nessa direção que vai ao encontro do conviver e de ser autônomo.
Porque, a atitude a se adequar é a antecipada, a chamada proativa, onde implica estímulo à criatividade tentando evitar ou até mesmo resolver uma situação antes que ela aconteça. Para isso é preciso planejar e executar ideias e tarefas, com conceitos preestabelecidos do conhecimento e da aprendizagem. Portanto, como local de terra fértil ideal para semear a aprendizagem que possibilita sentido à vida e se é verdade que construímos nosso futuro com base no que se vivencia, então não existe lugar melhor do que o ambiente escolar para se discutir, viver e aprimorar conhecimentos. Além de sistematizar conteúdos, a escola tem uma função que perpassa a contribuição, formação e valorização do ser humano como um todo, sendo constituída por diversos grupos que são como elos em uma corrente. A sala de aula é o principal lugar de encontro de toda fluente, “cachoeira”, do conhecimento.
É importante conhecer o papel da escola no mundo contemporâneo. Entender, como ela pode contribuir para a construção do conhecimento gerando o verdadeiro sentido da democracia, e como ela (escola) e comunidade se articulam formando a cultura. Criando, pois um ambiente favorável na Instituição Escolar à educação, com proposta pedagógica e novas direções, utilizando-se de técnicas de planejamento e projetos, podendo planejar e replanejar, conduzindo por um fio condutor onde, não deixem fragmentar o trabalho, e o diálogo venha selar o ato de aprender e solidificar as relações sociais, conquistadas e modificadas de acordo as necessidades de cada um, fazendo conjecturas e pensando logicamente através das diversidades existentes.
No atual contexto de profundas transformações no sistema educacional, o gestor precisa repensar sua prática, sua existência numa sociedade pós-moderna que busca construir em sistemas abertos dinâmicos. Se há décadas bastava ser competente em uma das habilidades, agora, a complexidade de tarefa é muito maior. Por isso, o domínio de técnicas inovadoras e a atualização contínua de conhecimentos fazem parte da rotina de trabalho do gestor.
A escola precisa se transformar em um sistema, onde a essência não seja mais um percurso predeterminado, mas que se baseiam em desequilíbrios, interações e transformações. No século XVII, Comenius (1627) já mostrava preocupação com um papel ativo do aluno na construção de seu conhecimento, e a responsabilidade de um especialista para organizar o conhecimento e tal preocupação persiste ainda hoje. O fundamental é compreender que o conhecimento não é ensinado, mas estimulado e construído através do incentivo, fazendo com que educandos superem suas dificuldades e aprendam a partir de suas próprias experiências.
Contudo, deve o mediador caminhar junto, orientando com sua experiência, mas de forma discreta, contribuindo assim para a formação do aluno sujeito ativo e transformador. O conhecimento avança quando a equipe escolar enfrenta situações interessantes e desafiadoras, onde o acúmulo de informações, não basta para construir conhecimento. Compreender que é na relação, que os indivíduos estabelecem novas formas de apresentação e compreensão da realidade, tendo como desafio uma visão crítica diante da variedade e quantidade de informações.
Boa gestão segue critérios e uma filosofia educacional, com reflexão da prática e com racionalização, mantendo equilíbrio para a sociedade ser intrínseca com a educação. A escola deve se perguntar para quem serve, político. Para quem está formando, o social. Com a sociedade na medida em que forma cidadãos entendendo que o desenvolvimento intelectual é fonte primordial da escola.
No ambiente escolar, a educação universal deve ter uma motivação, de uma motivação que verifique se o aprendizado permanente de determinada matéria ou disciplina. Daí porque esta instituição precisa ser acessível a todos. Todos os que buscam esta educação universal tem que estar altamente interligados, em um único pensar, em um único desenvolvimento, razão por que esta educação possa se tornar mais avançada quando exista esta interligação e o único pensar.
A responsabilidade desta educação através deste aprendizado dá-se conforme os direitos que são inseridos na Constituição Federal (BRASIL, 1988), nas Legislações, como nos decretos presidenciais, nas portarias ministeriais e interministeriais, nas resoluções e pareceres dos órgãos do Ministério da Educação, entre outros da educação básica e/ou à legislação da educação superior, que tratam especificamente da educação. Que torna as pessoas participantes em cidadãos conscientes dos seus direitos sociais.
Essa qualidade que se refere que é tão sonhada por todos aqueles que buscam esta educação universal, deve acontecer não só nas instituições privadas, mas como também tem que ser consolidada nas escolas públicas. Porque ali, é que está o núcleo de todo sistema de ensino em que afere toda a população de uma forma geral, daí porque a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional n°9394 (BRASIL, 1996) estabelece e a Constituição Federal (BRASIL, 1988), que está educação universal seja um direito garantido chamado direito universal.
O que é gestão democrática
Gerir uma escola requer mais que o técnico ou funções de organização de como planejar. Requer habilidades para se trabalhar com o outro para o outro. Trabalhar unindo Leis, Regimentos, Projetos às questões de atitudes, processos de mudanças, conflitos interpessoais e aprendizagem significativa. Com a afirmativa da Lei nº 9394/96-Lei que estabelece as Diretrizes e Base da Educação Nacional, em seu Artigo 64: A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional.
O gestor/administrador, aquele que administra, deve ter uma formação específica, ser líder e liderar eficazmente, sabendo lidar com emoções e tendo estratégias reflexivas reafirmando a identidade escolar, partilhando experiências que surgem, sendo refletidas e dialogadas por todos.
Compreender os termos: Administração, gestão e gestão escolar, e colocá-los em prática, devem ser primícias para que se ocorra uma gestão na educação de qualidade. Fortalecendo o papel que é atribuído a Instituição Escolar de forma que não ocorra uma massificação sem objetivos intencionais, que estejam coerentes ao processo de formação ensino – aprendizagem e em coesão aos objetivos, metas e estratégias regidos em documentos escolares. Torna-se necessário, ainda enfatizar, por serem termos que já foram usados como sinônimos, que se faz necessário, uma diferenciação.
No Dicionário do Aurélio o verbete, Administração significa: “Gerência de negócios próprios, alheios ou políticos”. E ainda de acordo a Grampola (2015), o conceito de Administração: “Não é senão uma das seis funções, cujo ritmo é assegurado pela direção. Mas ocupa tamanho lugar nas funções dos altos chefes que, às vezes, pode parecer que as funções administrativas estejam concentradas exclusivamente no topo da organização, o que não é verdade (s/p)”.
O Ministério da Educação (MEC) (2006) através da Secretaria de Educação Básica define Gestão como: “Forma de planejar, organizar, dirigir, controlar e avaliar um determinado projeto. Sinônimo de administração visa à racionalização de recursos materiais, recursos humanos e tem por meta o alcance de uma determinada finalidade (p.53)”.
A Gestão Escolar se restringe a gestão da escola como Instituição, desenvolvendo as incumbências que a Instituição Escolar deve realizar na promoção das políticas públicas, visando uma aprendizagem de qualidade, buscando a integração do ser como complemento e parte integrante do ambiente. Fortalecendo ainda a definição sobre Gestão Escolar, o MEC (2006) através da Secretaria de Educação Básica a define de tal modo:
Forma de organizar o trabalho pedagógico, que implica visibilidade de objetivos; Implica gestão colegiada de recursos materiais e humanos, planejamento de suas atividades, distribuição de funções e atribuições, na relação interpessoal de trabalho, a partilha do poder; Diz respeito a todos os aspectos da gestão colegiada e participativa da escola e na democratização da tomada de decisões (2006, p.53).
A Gestão Educacional se dá pelos entes federados (Federal, Estadual e Municipal) para elaboração e execução das Políticas Públicas Educacionais, como Planos Educacionais, desenvolvendo sistema de ensino através da sua integração com Órgãos e Secretarias. Por desencadear, sendo pertinente e adequado dá significação a Gestão Educacional, colocando-a em foco na construção de uma visão com elementos com as mesmas características, sendo sustentada e colocada em ação por pessoas que articulem e façam acontecer dando vida as suas experiencias, com práticas e observância a dirimir metas a serem alcançadas.
Nesta tão vasta corrida contra o tempo em nossos dias, em nossa sociedade, é preciso de novas e interessantes estratégias, e dentre a democrática da Gestão uma importante é a participação cidadã. Gestão Democrática, de acordo ao MEC através da Secretaria de Educação Básica: “É entendida como participação efetiva dos vários segmentos da comunidade escolar, pais, professores, estudantes e funcionários na organização na construção e avaliação dos projetos pedagógicos, na administração dos recursos da escola, enfim nos processos decisórios da escola (2006, p.80)”.
Uma Gestão Democrática vai se construindo aos poucos e sendo participativa passa pela premissa da eleição para se compor. Sendo assim ao se desenvolver, cresce também a necessidade de serem definidos os objetivos que deverão ser claros e pactuando com as prioridades sendo planejado de forma coletivamente, para atingir os objetivos, da instituição escolar, fortalecendo os envolvidos com seus talentos e experiências para a coerência nos grupos de trabalho.
É necessário planejar coletivamente recorrendo sempre a momentos formais, onde acontecerão discussões em grupo, fortalecendo e/ou sendo construídas novas ideias em conjunto, para serem trabalhadas e/ou sendo melhor elaborada, com o diálogo e o respeito ao outro, para que o trabalho escolar possa fluir com maior rapidez e ser absorvido como forma de prêmio na aprendizagem, fortalecendo o sucesso escolar, numa forma muito mais concreta e realizável do objetivo escolar. Como afirma Ednir e Ceccon (2006): “A tarefa é desafiante. Diretores, coordenadores, supervisadores precisam alimentar própria alma para animar toda a escola”.
Poderíamos então dizer, que a casa é o mundo do aluno, a escola o mundo de todos e que a escola deve ser um lugar neutro e capaz de recepcionar os universos em suas especificidades. Gestor não deve neutralizar, deve compreender que a educação tem componentes políticos próprio na gestão escolar, e que administrar, dirigir, gerir os bens viabilizando a prática social da educação caracteriza um processo político-administrativo e assim fortalecer que, aparar as arestas ou aparar a todas elas, a escola é o local das diferenças e com elas, devem ser estabelecidos processos de formação de caráter, ética, valores e abstração de uma aprendizagem significativa e formal, propiciando envolvimento aos colaboradores e atendidos à participação das atividades, oportunizando trocas.
Não sendo a única responsável pela ação do educar, mas a é por excelência, por fatores técnicos por onde ocorre à educação formal, a Instituição Escolar deverá ter ações que preconizem formações contínuas e permanentes para professores, coordenadores, supervisores enfim. Buscando pela compreensão sistematizada, superação de necessidades na prática da ação à mudança, desenvolvendo ações que possibilitem preenchê-las ou minimizá-las.
Durante o processo da construção da história educacional, a educação ao se tornar acessível, foi então se tornando democratizada com a participação dos atores. A escola assim se torna mais observadora às necessidades de todos. Com a participação da comunidade com mais afinco através de representações eleitas, com uma participação efetiva e questionadora. Com seus mecanismos formais como eleição de diretor, Conselhos Escolares entre outros.
Uma escola democrática gera uma nova qualidade no processo de ensino/aprendizagem e entendê-la é essencial. A corresponsabilidade de uma gestão democrática deve ser constante, observando que todos os partícipes, eles têm direitos, deveres e devem participar ativamente fortalecendo a tríplice: escola, família e sociedade. Deve ter uma relação em que os conflitos sejam processos de busca e aperfeiçoamento, sabido que muitas vezes será lento este processo, por envolver mais atores, se torna longo, mas as ideias são bem mais, para o desenvolvimento da Democracia escolar.
O gestor ao unir forças com a equipe escolar e alunos, fortalecendo as parcerias com a familiar e a comunidade em torno, interrelacionando integral (afetiva e intelectualmente) nas atividades do processo coletivo do ensino-aprendizagem, que terão como dinâmicas, discutir temas reflexivos, complexos, polêmicos. Estimulando a percepção de conflitos existentes ou que venham a acontecer ou que provoquem a falta de uma boa convivência ao ato de aprender e ensinar, evitando com este olhar de futuro o rompimento do bom relacionamento existente ou que venha a existir no ambiente escolar, onde deve prevalecer a unidade da ação e do espírito coletivo.
Conflitos geram desafios, sendo que todos devem participar com tolerância, cultivando a cultura do escutar. Porque Democracia é um processo, uma busca e a necessidade de caminhar com organização dentro de uma sociedade. As reuniões, as assembleias, encontros, festas são momentos de busca da cultura da democracia, onde se discute prioridades observando os resultados com outro olhar. Quintana se questiona sobre a função prática da Democracia e define: “É dar a todos, o mesmo ponto de partida. Quanto ao ponto de chegada, isso depende de cada um” (Quintana, 1973, p.45).
Não existe uma receita pronta para obter resultados rápidos e significantes. Uma escola de qualidade é uma escola para todos, de todos com a participação dos atores, definindo caminhos, buscando com paciência e ética a construção da democracia. É preciso fortalecer a sociedade, contribuindo para a construção de um mundo mais igualitário, passando a beneficiar toda e qualquer pessoa, com a visão da totalidade e não de uma parte dos fatos das situações que vivenciamos.
Papel do gestor
Não existe mais espaço para uma forma empobrecida e enfadonha de trabalhar com a Gestão escolar, pois nossa clientela hoje é outra, e isso deve levar a mudar nossa forma de ver o educando, não podemos continuar tendo uma imagem empobrecida dele. Descobrindo a magia que a educação efetua através do trabalho em equipe, abrindo novos horizontes e construindo novas amizades na promoção da interatividade.
Cabe ao gestor planejar suas atividades, tendo sempre um olhar voltado ao prazer, que também possa se extrair dela, e deixe de se preocupar apenas com atividades corriqueiras e ter como pressuposto que é preciso enquanto ser social, destacar como concepção de aprendizagem a necessidade humana. A preservação da vida está intrinsecamente ligada ao universo simbólico e aos conhecimentos que as pessoas adquirem durante sua vida. A zona do desenvolvimento proximal (VYGOTSKY,1991) mostra a importância da ligação entre o próximo, levando o indivíduo a alcançar uma aprendizagem mais rápida. O educando inserido nesse universo precisa, além desses conhecimentos, desenvolverem habilidades, competências, valores, hábitos e atitudes que permitirão soluções de problemas e o convívio social.
Entende-se, então, que a escola como instituição responsável pelo processo de legitimação social que tem como prioridade a aprendizagem escolar vem carregando a internacionalidade e deve priorizar os conhecimentos necessários a vida em sociedade. Além de tudo, na busca de um ensino de qualidade para todos e da inserção da educação durante toda vida no coração da sociedade, é necessário à utilização de metodologias, que sejam capazes de priorizar a construção de estratégias para a verificação e a construção do conhecimento, com argumentações capazes de controlar os resultados do processo e do desenvolvimento tendo um espírito crítico. Estabelecendo condições para realizações de atividades diante da observação, do diálogo e instrumentos apropriados, aplicando o grau de compreensão do aprendiz, através do estímulo.
Ao gerenciar o quadro de pessoal, o gestor precisa conhecer e atender aos preceitos legais. É imprescindível que ele saiba sobre a legislação de pessoal, onde estão fixadas diretrizes para os novos planos de carreira e remuneração do magistério. Logo, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), nº 9394/96 a Lei do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização do Magistério (FUNDEB) e a Resolução CEB/CNE nº 3/97 (diretrizes para o plano de carreira), por exemplo, devem ser conhecidas tanto pela equipe gestora quanto pelos próprios profissionais do magistério, pois todas elas seguem princípios e regras gerais da Constituição Federal (BRASIL, 1988).
A escola não pode etar ausente dos acontecimentos que a cerca, deve ser seu papel criar condições que permita fluir a compreensão, mesmo com as complexidades existentes, através do diálogo.
Ser educador é ter um olhar único e ao mesmo tempo diferenciado aos seus alunos que chegam ou que partem. É poder se abrir ao outro sem se mostrar, é tocar sem sentir o calor da pele, é compreender ou rebelar-se a favor do sujeito, com cognição.
A escola é o espaço pedagógico que possibilita a socialização de metodologias. As práticas educativas devem ser vividas, humanizadas e extraída da própria vida. Sendo assim a escola será o palco das esperanças, da realização da democracia para o outro, com o outro. A luz de Penin:
A escola é onde o nós aflora e deve ser cultivado. E um lugar onde nos construímos individual e coletivamente como cidadãos deste mundo. O aprender a conviver com o(s) outros(s) e respeitar o(s) seus direito(s) é um princípio básico da convivência democrática (2001, p.73).
Assumir um cargo de liderança, ou seja, ser Gestor é preciso se preparar se dedicar e desenvolver habilidades necessárias à função. Saber liderar é também obter reconhecimento e admissão da equipe. Esta atitude interativa abrirá o pensar do gestor, sendo líder, líder servidor, com reflexão contínua de toda prática do que se faz, usando de uma filosofia de cidadania e uma cultura de paz. Sabendo que Avaliação Institucional, visa à transformação escolar, após a coleta e análise de dados que permitem um diagnóstico da instituição evidenciando seus sucessos e fracassos. A equipe gestora deverá trabalhar na elaboração do projeto de avaliação constituindo grupos de trabalho (GT) para auxiliar no processo. Esses grupos promoveriam discussões que gerariam as propostas de análise das dimensões indicadas; escolheriam os instrumentos de avaliação, apurariam os dados e criariam estratégias de apresentação dos resultados, identificando sucessos e franquezas.
É necessário avaliar para mudar os paradigmas e criar uma nova postura no cotidiano da escola que venha favorecer a aprendizagem do aluno e transformar o ambiente educacional em um lugar prazeroso e agradável de estar. Enfatizando que as contribuições das políticas públicas são de grande relevância para a gestão pedagógica, contudo, as escolas, por meio da Secretaria Municipal de Educação, fazem adesão ou mesmo estabelece parcerias com órgãos governamentais – MEC, SEC, DIREC – com o propósito de fazer de fato a educação acontecer com qualidade.
O gestor deve buscar sempre se atualizar, observando as competências e resultados, com técnicas de planejamento e replanejando, se precisando for, com versatilidade e habilidades. Fomentando um ambiente agradável e funcional gerando transformações e até mudança. Buscando o autoconhecimento, observando suas limitações e dimensões, tendo consciência nas possibilidades das expressões orais ou não, interiorizando uma postura positiva na sua comunicação com cadência e com ritmo necessário à vida da escola com lógica e dialética, deve ser a postura necessária ao gestor como fator favorável, com o olhar holístico.
O Gestor deve ter como qualidade a maior quantidade de ideias, para que maior seja a chance de encontrar boas inspirações que gerem assertivos. Acontecendo então, à fermentação de ideias, sendo observador, atento e dinâmico com o olhar atrativo ao proativo. Fortalecendo a ideia com sua essência de olhar, escutar sem julgar. Buscando com inovação a adoção de mudanças. A mudança não se faz só com desejos, é preciso ter entendimento e querer participar da nova construção da sociedade escolar.
É necessário criar espírito de crítica não só nos educadores como em todo corpo discente e todos os funcionários (colaboradores), despertando-os à busca de soluções, através das reflexões. Sendo o espaço educacional motivador, ou seja, a motivação para um encantamento, uma busca de uma formação acadêmica mais significativa, não querendo transgredir e nem atropelar as fases preexistentes do processo, mas adequando-se a ela com dinamização e sensibilização. Estabelecendo uma comunicação, apurando informações e transformando em metas a serem alcançadas.
Fazer da reflexão, o pensar. Do pensar transformá-lo com sensatez e estruturar com infinitas possibilidades, com espírito de curiosidade. Rompendo com a zona de conforto, dando real significância ao espaço escolar, local de prática refletida e vivida. Estabelecer uma metodologia constante de aprendizagem entre o que se aprende no contexto escolar com o que se vive e vice-versa.
A relação ensinar/aprender, aprender/ensinar se entrelaçam e se completam fundindo-se no holismo. Ser ético em todos os momentos é papel de todos.
O gestor deve ver o “problema” escolar como desafio, ou apenas como uma dificuldade. Tendo que olhar de vários ângulos para poder entender ou buscar várias formas de resolvê-los. Dividir os “Problemas” com toda equipe escolar, vai favorecer o entendimento, e a busca de uma resolução mais rápida e favorável, quem sabe, ter uma visão aberta e flexível. Observando as redondezas, fortalecendo a capacidade visual, aguçando a percepção sem ter que realizar tudo sozinho, unindo forças com a Unidade Escolar. Roemmers afirma que:
Neste caso, deseje ser puro e você será transparente; imagine que é generoso e fertilizará os campos; renove a si mesmo e sua limpidez matará a sede das pessoas. Estabeleça uma meta e alcançará seu destino; acredite que é um guia e irá liderar os outros, sonhe que é um espírito e acordará para uma vida nova (2011, p. 28).
Uma Gestão para ser Democrática e Participativa, precisa trabalhar em grupo tendo um olhar proativo. Fortalecendo a evolução, dando importância nas diferenças, nas mudanças, que se enraízam e se completam na uniformidade. A diferença no grupo deve atrair. Acontecendo fagulhas criativas, que dissertem para a solução e após discussões coletivas, sendo atribuídas experiências e intuição, não deixarem que se apaguem. Criando alguns meios como: atribuir valores de certas ou erradas as suposições, ou fagulhas criativas, feitas pelos colaboradores e em seguida com a percepção intuitiva ou não, torná-las escolhas significativas.
O Gestor participativo e dinâmico, ele deve ser líder e fazer tudo para não desistir diante das dificuldades a serem encontradas no percurso. Não existe fracasso em Gestão Participativa. Porque cada membro da equipe escolar, deve se apresentar como líder, sendo aprendiz na função em que exerce, buscando sempre aprender com os acontecimentos, consolidando o aprendizado com o outro, fortalecendo assim a equipe escolar. O ato de não fazer ou refazer este sim é chamado de fracasso.
O líder precisa ter um relacionamento com seus coparticipantes, se evoluindo e tentando se adaptar as situações, tornando-as ou não em oportunidades, dando tempo de pô-las em práticas. O bom gestor deve ser líder e de início ter um bom planejamento estratégico para poder coordenar não só com sonhos, tendo consciência de mudanças, se dedicando, sabendo ouvir as dicas, sugestões. Pondo em prática o Projeto Político Pedagógico, estruturado, executável, às necessidades reais. À medida que os colaboradores e a equipe gestora, deverão ser obedientes ao Projeto e a hierarquia.
Disseminando a importância da participação da Comunidade escolar, dando-lhe oportunidades de fortalecimento a atribuição a ela destinada. Obtendo assim a participação, colaboração e o envolvimento do corpo escolar, ajudando a valorizar a todos, sem preconceitos, ou seja, sem formar uma opinião.
Com sensibilidade, percebe-se que as ações estão ou não estão sendo realizadas, mas é preciso estar atento e preparado com muito estudo e conhecimento de causa, se aperfeiçoando, tendo cuidado com as relações, tendo respeito pelo outro, cuidando do outro. Não se pode agir sem refletir. Não se pode fazer sem ter buscado aprendizagens significativas para tal fim.
Se assumir, predispõe querer mudar, querer fazer a promoção da aprendizagem significativa e valorativa, entendendo que a vida é plena em aprendizagens. Então nos identificaremos realmente como seres inacabados, buscando sempre aprender. Inacabados, passamos por processo intrínseco e contínuo de aprendizagem.
Por estar lidando com sujeitos, o educador deve estar atento a tudo. Nada é insignificante quando se escolhe ensinar. Não existe privilégio se não tiver responsabilidade, fazer dos obstáculos às possibilidades de se ter uma visão proativa. O ser humano se completa com o outro, se constrói com o outro, sempre tendo muito a aprender, fazendo e oportunizando assim a aprendizagem em grupo, com acompanhamento e encaminhamento de um Projeto Escolar unificado ao Projeto Político Pedagógico e os demais documentos escolares, com prudência e convicção do que está sendo implantado ou implementado no ambiente escolar, otimizando a participação com objetivos e leitura clara, com as informações claras e precisas, sendo relevantes para que ocorra uma Gestão de qualidade, para um entendimento maior dos envolvidos, onde possam de forma tranquila e natural participar com convicção e segurança.
Por ser organizado durante o processo, e que, de forma que se possa ser interrompido, exigindo a maior contribuição de todos, sendo repensado, visto e revisado, analisado todos os prós e contras, tendo início, meio e fim para que seja respeitado e confiável. A Escola é, e deve se fazer como espaço democrático no momento onde se respeita e se convive com as diferenças, cuidando para que, os deveres se igualem aos direitos constituídos. E os Projetos desenvolvidos deverão buscar resgatar os valores morais e humanos através de parcerias. Fortalecendo o vínculo de premissa, a fonte maior, para uma cidadania plena.
Com a autoestima do grupo escolar elevada, fortalecendo os elos que se unem, tornando-os colaboradores pessoas mais amadas e equilibradas possíveis. O Gestor com seu carisma de líder dando exemplo e respeito e dedicação ao que faz, liderando com respeito para obter respeito, conquistando cada um. Deve incentivar, ou seja, ser o maior incentivador da Unidade Escolar, na hora de tomar decisões e fazer com que todos se envolvam no processo e obtenção de bons resultados, executando com diálogo todo o Plano, Projeto Escolar.
Deve buscar ter também o contentamento de estar com o outro, pensando junto, não deixando estagnadas as ideias. Visando buscar uma capacidade de solução, identificação, diagnóstica e interação rápida, eficaz e coerente com uma liderança capaz de conquistar o outro, chegando perto e se necessário se afastando de acordo as necessidades com equidade, equilíbrio.
Trabalhando com consciência crítica, participando e interagindo com postura ética. Não deixando que se confunda a hierarquia com subjugamentos. Se adaptando ou se fazendo adaptar deve ser tendência dos gestores, dando espaço para novas aprendizagens. Simplicidade na conquista e participação dos colaboradores nas opiniões para organizar o processo escolar, faz a diferença de uma boa gestão. Para que aconteça uma extração empírica no processo ensino/ aprendizagem fortalecendo os caminhos que serão trabalhados na unidade escolar. E não fazer identificações como rótulos. Sabendo conviver com as diferenças. Pensando a educação partilhada. Buscando ajuda e fazendo permitir e incentivar com todos os participantes com perguntas e questionamentos.
Na humildade de perguntar e de responder, de aprender e de ensinar, fortalecendo o processo do ensino/aprendizagem/ensino, valorizando e desenvolvendo a criatividade de se conviver em equipe, objetivando pontos de vistas e as opiniões, fortalecendo assim a comunicação. A comunicação fortalecida pelo diálogo de todos.
Estar no mundo exige esperança, conhecer a realidade, não se omitir. Não é admissível a quem pesquisa, estuda se ausentar de tais responsabilidades.
A educação formal deve ser associada à vida, para que o aprender seja com significância, relacionado à vida. Onde existem homens e mulheres, existem sonhos e deve existir a esperança.
Ter plano, que será a direção, a Gestão deverá convencer os envolvidos a atuarem juntos, tendo suas ações como exemplo. Analisando o que faz, para identificar possíveis falhas, podendo corrigir em tempo, tornando corrigíveis e retrabalhando em cima deles. É preciso ouvir, analisar e pôr em prática. O ser e o fazer devem ser unificados em ações reflexivas, acessíveis e constantes que levem a acertos.
Utilizar a promoção da aprendizagem, com grande elaboração e preparação. Planejar requer muito tempo, paciência, cooperação, humildade e preparação estratégica. Buscando ter como escolha o melhor.
Confiar na equipe de trabalho, delegando funções, planejando para não fracassar nos assertivos mais comuns. Identificando características de líderes, observando os detalhes como referenciais que passam despercebidos, com o olhar do outro e suas opiniões em pareceres, fazendo desta troca, meios mais assertivos para uma gestão de qualidade e consequentemente uma educação de qualidade.
O conhecimento científico e técnico unido as experiências, serão os aliados para uma gestão bem mais que eficiente, empreendedora, participativa e democrática, acreditando em si, no outro e nas ideias do outro. Tendo uma visão mais apurada, com dedicação, paciência, fortalecendo os valores éticos tomados de atitudes produtivas para o êxito escolar, com o olhar proativo.
A metodologia, só para a memorização, inibe a criatividade, o amadurecimento e a aprendizagem significativa do sujeito cognoscente. Não se é criativo sem ser curioso. A curiosidade fortalece a aprendizagem.
A aprendizagem é contínua e não deve ser interrupta. Enquanto houver vida, precisamos avaliá-la, reavaliá-la sempre na esperança de dias melhores.
De certo, a aprendizagem deve ser concebida de forma significativa, na qual se adotem metodologias inovadoras e motivadoras, tornando os educandos incentivados e aptos ao processo de ensino/aprendizagem, de forma, que o insira dentro da realidade circundante, fortalecendo sua própria história, tornando-o capaz de observar o presente com perspectivas a um futuro melhor. Desenvolvendo em si habilidades, competências, valores, hábitos e atitudes. Observando o conhecimento que avança, quando se enfrenta situações desafiadoras, interessantes e relevantes. Dando vazão à análise e a crítica.
Desenvolvendo a compreensão e contextualizando com a realidade social, destacando a necessidade humana da preservação da vida, estando intrínseca ao universo simbólico, preconizando a intencionalidade de priorizar os conhecimentos necessários a vida em sociedade e a autonomia pessoal.
Dentro de um conceito a palavra gestão nos leva para direção, liderança, gerir. E a administração escolar deve começar do porteiro, socializando seus conhecimentos, e exige personalidade flexível, mudando, construindo e desconstruindo, sendo organizado por prioridades e com trabalho coletivo e participativo, trabalhando com a complexidade do ser humano com projetos realmente elaborados após diagnostico com análise das tarefas.
Os gestores, pessoas com autoconfiança suficiente para lidar com as mudanças, devem ter conhecimento prévio, acompanhando a mudança da educação. Promovendo resultados, sendo educadores acadêmicos na promoção de discussões de propostas com grupos dos vários seguimentos. Criando estratégias com empatia, para a humanização do atendimento, fortalecendo uma atmosfera moral.
A avaliação institucional visa transformar a escola em uma instituição comprometida com o aprendizado como um todo. Com isso transformando a sociedade, sendo assim um processo sistemático de análise das propostas, fatos e seus desenvolvimentos com isso a avaliação institucional nos faz avaliarmos continuadamente.
Aprender ao ensinar, nunca se aprende tudo, nunca se ensina tudo. Por existir o pensar crítico e reflexivo sobre a ação do ensinar/aprender do aprender/ ensinar. As atividades elaboradas pela Unidade Escolar devem ser elaboradas levando em conta as aprendizagens cognitivas dos alunos.
Se professor que não estuda não se qualifica, não se especializa, perde a autoridade do ensinar, como afirma Freire (1996). Imagine uma gestão que só acredita no seu pensar, mesmo com reconhecimento profundo, único e absoluto. É desconsiderar a ideia da existência do pensar do outro.
Não devemos considerar conhecer o outro em sua minuciosidade, só por ter ouvido falar dele. O homem é presença real que age e reage. Consciente não pode negar a responsabilidade ética. Porque, será um mero espectador sem compromisso.
Deve condizer o falar e o fazer, devendo ser o meio de ensinar e o meio do aprender, não devendo tornar as decisões da Unidade Escola, pessoais. Para isso é preciso planejar, se planejar para alcançar os objetivos, as metas. Seguindo consequentemente as regras propostas com cronograma (horas, tempo, data), planejamento estratégico e tendo um planejamento pessoal para obter sucessos, que é o resultado do trabalho desenvolvido por todos, formando uma gestão partilhada, com uma liderança servidora e acolhedora.
Ser livre, refletir, saber fazer as escolhas e decidir é amadurecer na liberdade. Mudando se preciso for os conceitos pré-estabelecidos, não tendo vergonha de pedir ajuda da equipe. E amadurecer na liberdade perpassa no entendimento que o outro também é livre, pensa, reflete, decidi e escolhe. Observando as dificuldades do caminho, conhecendo os conceitos, analisando as opiniões dos colaboradores, escutando os envolvidos: educadores, pais, alunos e comunidade escolar.
Trabalhar para melhoria do espaço/ambiente escolar que envolve físico, psicológico e aprendizagem cognitiva deve ser o objetivo central, trabalhando a mudança de atitudes com a intenção de promoção de aprendizagens significativas, com ações conjuntas, fazendo a caminhada escolar mais agradável, leve e promissora. Querendo a mudança com estratégias seguras e criativas.
Com roteiro das atividades a serem realizadas, com datas definidas em um roteiro pré-organizado é fundamental para conter um Planejamento eficaz. Conhecer a equipe e tentar está ao seu lado, tentando ver as necessidades de cada grupo, ou seja, professores, zeladores, porteiros, coordenadores, educadores, educandos e os demais segmentos escolares, observando a parte prática e teórica com o equilíbrio da mente e coração, tentando fazer com que os “negócios” pessoais não interfiram no relacionamento.
O Gestor deve conhecer cada um para poder contar com que cada um tenha de melhor, fortalecendo o Resultado da Unidade Escolar. Deve ser um organizador de ideias que não gerem conflitos. Sendo organizador de ideias deve estabelecer critérios e estruturar condições favoráveis às diversas possibilidades para que possa acontecer uma aprendizagem significativa e que possa ser meio de esperança, confiança e libertação. Participar e criar devem ser um dos lemas para se obter a liberdade de troca de experiências. Observar o potencial de cada um também é o papel do gestor, porém o Gestor tem que ser um líder humano, humilde e saber que não vai agradar a todos nas suas especificidades, porém é seu papel acreditar na equipe escolar.
Dar atenção, atenção às coisas nas mais simples, não as subestimando. Elas podem ser as mais difíceis ou se tornarem as mais difíceis. Parar e observar para saber como está o Plano e o Planejamento, avaliar e reavaliar em momentos, para que os pequenos erros não se tornem grandes erros no futuro, observar assim resultados negativos.
É papel do gestor uma constante reflexão, sobre a sua atuação. Analisando sua própria prática em prol de uma educação contextualizada e de qualidade. Neste contexto, deve explorar sempre novos jeitos e meios de como, o porquê e de que modo, deve mobilizar os atores não esquecendo as metas da Instituição Escolar.
Caminhar em um processo constante de descobertas e redescobertas, tornando o aprendizado interessante e necessário, para uma convivência democrática fortalecendo a função da educação, como prática de formar indivíduo como cidadão de direitos e responsabilidades, consciente e crítico, preparando-o para desempenhar papel de agente transformador da sociedade, formando- o profissionalmente, ou seja, cuidando e formando-o integralmente, desse modo, deve ser atividade realizada de forma contínua e capaz de assegurar a autonomia de criatividade e exercício de cidadania.
3 METODOLOGIA
A pesquisa que sucedeu, a bibliográfica, se deu com os levantamentos de referências, depois análise e revisão de todo o material feito com leituras e fichamentos, para a elaboração do projeto de pesquisa, composto por sugestões de temas e consequentemente subtemas, fortalecendo o caminho a ser percorrido. Embasado por Silva, quando relata que:
A pesquisa é um trabalho em processo não totalmente controlável ou previsível. Adotar uma metodologia significa escolher um caminho, um percurso global do espírito. O percurso, muitas vezes, requer ser reinventado a cada etapa. Precisamos, então, não somente de regras e sim de muita criatividade e imaginação ( 2005, p.9-10) .
No percurso, percebe-se então, que não sabemos tudo, que existem minúcias que nos levam a outros pensares como investigadores. Bogdan e Biklen (1994) ressaltam que: “Entanto os investigadores nunca a utilizam na sua forma mais pura, aproximando-se dela, dado que a reflexão, sobre aquilo que se vai descobrindo enquanto se está no campo de investigação, é parte integrante de todos os estudos qualitativo (p. 206)”.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Hoje, no mundo constante de informações e informações rápidas, com tantas mudanças que levam às transformações e ajustes perante a sociedade, ou na própria sociedade. A educação visa desenvolver uma cidadania também globalizante. Sendo importante que a educação formal, educação nas escolas tenham gestores democráticos, ou seja, tenha gestão de qualidade com profissionalismo, comprometimento e dedicação, tendo um olhar que torne viva a palavra.
A cada oportunidade de degustar e ouvir os meus pensamentos, dialogando com os grandes pesquisadores das diversas leituras realizadas sobre o tema pesquisado, era possível fluir novos pensamentos e me surpreender repensando com os aspectos relacionados a esta dissertação e ao campo de sua atuação, quão valia se terá os textos refletidos e expostos aqui, se serão considerados contribuições ou se efetivamente serão reformulados ao longo da história na forma de perceber o mundo em volta.
Educar para a cidadania denota produzir indivíduos que não ignorem seus direitos e nem se omite enquanto às suas potencialidades e responsabilidades sociais.
É necessário buscar através da educação, um caminho de reflexão e reeducação para um desenvolvimento integral e sustentável, reconhecendo nela o único meio de transformar e libertar a sociedade. Com propensão a consequência de adquirir saberes técnicos específicos, gerando aquisição e ampliação do conhecimento científico, viabilizando mudança no processo educacional, com a inserção das novas tecnologias, utilizando metodologias inovadoras. A curiosidade, a investigação e o prazer da própria investigação, deve desenvolver habilidades operatórias no educando, fortalecendo as diversas fontes, para melhor desenvolvimento cognitivo e reflexivo do mesmo.
Conhecendo o processo histórico sobre a gestão, sua diferenciação em relação à administração e consequentemente a função da instituição escolar, sua importância como geradora e mantenedora da educação formal, seu funcionamento, fortalecendo que a avaliação não pode estar longe.
Compreende-se que o gestor é um membro ativo da comunidade escolar, e com sua postura deve valorizar a pluralidade cultural inserida no contexto social escolar. Buscando com atitudes usar estratégias de convencimento, ou seja, convencer o outro, dando, recebendo, aprendendo, ensinando com colaboração, trabalho e ação eliminando tudo que não esteja fundamentado, tendo atitudes altruístas com o olhar de onde saiam pontos convergentes à pontos determinados em planejamento.
É preciso inovar, ousar, despertar para as mudanças no sistema educacional e progressivamente ao desenvolvimento das mentalidades humanas, se aperfeiçoando e buscando fortalecer o integral do indivíduo. O sonho, o desejo, a oportunidade, a perseverança, o sucesso, nada vale se não tivermos uma conduta com ética em prol da vida, com a formação religiosa/espiritual e com o trabalho entendendo que o humano completa o ambiente e o ambiente edifica o humano.
A gestão democrática deve ter consigo alguns questionamentos e abarcar em si mesmo, do que precisa para realiza aquilo que deseja, que as estratégias são as substâncias para concretizar o potencial, através de ciclos desde sonhos aos atos concretos, lembrando que deve ter uma conotação transparente.
REFERÊNCIAS
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Pykosz, Lausane Corrêa.(2008). Fundamentos históricos da educação brasileira/ Lousane Corrêa Pykosz, Telma Faltz Valério- Curitiba: Ibpex.
Quintana, Mário. (1973). Caderno h. Porto Alegre: Globo.
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Silva, Edna Lúcia da. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação/Edna Lúcia da Silva, Estera Muszkat Menezes. – 4. ed. rev. atual. – Florianópolis: UFSC, 2005. 138p. 1. Pesquisa – Metodologia
Artigo Revista EMIL – Maria Madalena de Souza Borges
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