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A INFLUÊNCIA DO AMBIENTE ESCOLAR NA CONSTRUÇÃO DE UMA CULTURA DE PRAZER PELA APRENDIZAGEM

por Adevail Santos Rocha

 

A INFLUÊNCIA DO AMBIENTE ESCOLAR NA CONSTRUÇÃO DE UMA CULTURA DE PRAZER PELA APRENDIZAGEM

 

 THE INFLUENCE OF THE SCHOOL ENVIRONMENT IN THE CONSTRUCTION OF A CULTURE OF PLEASURE THROUGH LEARNING                                                                              

 

Adevail Santos Rocha[1]                                                                           

                                                                           RESUMO

A temática apresentada foi a seguinte: “A influência do ambiente escolar na construção de uma cultura de prazer pela aprendizagem”. O ambiente escolar faz parte de um processo de inclusão e de desafios, portanto tem o seu papel especial de trazer à luz a diversidade cultura e a conexão com o prazer pelo aprendizado. A justificativa apresentada foi a seguinte:  está diante da análise e influência do ambiente escolar na construção de uma cultura de prazer pelo ato de aprender, pela aprendizagem, pelo acesso ao conhecimento e sua diversidade cultural que influencia de forma direta o conhecimento e sua diversidade. A problematização apresentada foi a seguinte: O ambiente escolar contribui diretamente na construção de uma cultura de prazer pela aprendizagem?  O objetivo geral diz respeito a promoção e estratégias para a criação de um ambiente escolar que estimule o prazer pela aprendizagem e a influência da   cultura constituída. Este artigo tem um teor de caráter bibliográfico. Autores importantes como Autores importantes como Silva (2006); Matta (1986); Goldane; Togatlian (2010) assim como: A Lei de Diretrizes de Base da Educação (LDB) Lei 9394/96; fizeram parte deste trabalho. Fontes importantes como SciELO; Periódicos; Google Acadêmico, Monografias e Artigos foram utilizados para esta pesquisa. Conclui-se com isto que, este artigo reflete a importância do ambiente escolar diante da construção do saber e da cultura e sua diversidade para o estimulo da aprendizagem. Se compreendeu também que a educação estimula e provoca a cultura trazida pelos seus alunos, pois a educação faz parte da diversidade, da inclusão e dos desafios postos pelo desejo de educar e transformar.

PALAVRAS-CHAVE:  Ambiente Escola. Aprendizagem. Cultura.

                                                                        ABSTRACT

The theme presented was the following: “The influence of the school environment on the construction of a culture of pleasure in learning”. The school environment is part of a process of inclusion and challenges, therefore it has a special role in bringing to light cultural diversity and the connection with the pleasure of learning. The justification presented was the following: it is before the analysis and influence of the school environment on the construction of a culture of pleasure in the act of learning, in learning, in access to knowledge and its cultural diversity that directly influences knowledge and its diversity. The problematization presented was the following: Does the school environment contribute directly to the construction of a culture of pleasure in learning? The general objective concerns the promotion and strategies for the creation of a school environment that stimulates the pleasure of learning and the influence of the established culture. This article has a bibliographical content. Important authors such as Silva (2006); Matta (1986); Goldane; Togatlian (2010) as well as: The Law of Basic Guidelines for Education (LDB) Law 9394/96; were part of this work. Important sources such as SciELO; Periodicals; Google Scholar, Monographs and Articles were used for this research. It is concluded that this article reflects the importance of the school environment in the construction of knowledge and culture and its diversity for stimulating learning. It was also understood that education stimulates and provokes the culture brought by its students, since education is part of diversity, inclusion and the challenges posed by the desire to educate and transform.

KEYWORDS: School Environment. Learning. Culture.

 

1 INTRODUÇÃO

 

Abordar sobre o tema “A influência do ambiente escolar na construção de uma cultura de prazer pela aprendizagem” faz parte de um trabalho desafiador diante da busca do ensino e do ato do aprender. Pode-se afirmar, portanto, que o conhecimento está concatenado a fusão de culturas e suas diversidades assim como do aprendizado contínuo e inacabado.

A escola, como um dos principais espaços de socialização e desenvolvimento da condição do ser humano em formação, desempenha um papel importante diante desta temática.   A instituição escolar tem a responsabilidade de trazer a excelência da promoção de um ambiente que estimule o interesse e o prazer pelo ensino- aprendizagem.

A construção de uma cultura de prazer pelo desejo natural do ser humano de aprender é essencial para o desenvolvimento integral dos discentes, pois influencia de forma direta à sua motivação e possibilidades de fazer-se pertencente, onde a inclusão é sem sombra de dúvida um dos desafios do cidadão em formação.

A justificativa está diante da análise e influência do ambiente escolar na construção de uma cultura de prazer pelo ato de aprender, pela aprendizagem, pelo acesso ao conhecimento e sua diversidade cultural que influencia de forma direta o conhecimento e sua diversidade.

A problematização apresentada é a seguinte: O ambiente escolar contribui diretamente na construção de uma cultura de prazer pela aprendizagem? É importante frisar que a importância de um ambiente escolar diz respeito a promoção do aprendizado que reside de forma direta na sua capacidade de transformar a experiência educativa em algo promissor, ou seja, não se limita a uma mera transmissão do conhecimento.

O objetivo geral diz respeito a promoção e estratégias para a criação de um ambiente escolar que estimule o prazer pela aprendizagem e a influência da   cultura constituída. Os objetivos específicos são trazer os fundamentos do ambiente escolar e a influência na cultura e aprendizado; identificar a importância do ambiente escolar na construção de uma cultura de prazer pela aprendizagem; fundamentar a influência do ambiente escolar e o prazer pelo aprender.

A metodologia diz respeito a construção de um pensamento lógico, formal e sistemático. Ela faz parte de uma análise crítica e reflexiva.  Este artigo tem um teor de caráter bibliográfico. Autores importantes como Silva (2006); Matta (1986); Goldane; Togatlian (2010) assim como: A Lei de Diretrizes de Base da Educação (LDB) Lei 9394/96; fizeram parte deste trabalho. Fontes importantes como SciELO; Periódicos; Google Acadêmico, Monografias e Artigos foram utilizados para esta pesquisa.

 

2 O AMBIENTE ESCOLAR E A INFLUENCIA NA CULTURA E APRENDIZADO

            A escola tem um trabalho de construção e promoção contínua e inacabada do crescimento intelectual do ser humano, do ser que se constitui no seio social como também despertar na criança e nos adolescentes habilidades e competências que são inerentes a cada indivíduo. A escola trabalha com limites, regras, normas e disciplinas, ela repassa e compartilha o conhecimento, prima pela diversidade cultura e trabalha com os seus alunos o aprendizado.

Os principais elementos que desenham essa cultura seriam os atores (famílias, professores, gestores e alunos), os discursos e as linguagens (modo de conversação e comunicação), as instituições (organização escolar e o sistema educativo e as práticas (pautadas de comportamento que chegam a se consolidar durante um tempo (Silva, 2006, p. 202).

 

A educação escolar caracteriza-se pelo ensino dos saberes historicamente constituído como também pelo estudo e análise social e antropológico cultural das gerações do passado e a perspectivas de um novo olhar e comportamento das gerações presentes na contemporaneidade. Segundo Matta (1986, p. 123) “Cultura é, em Antropologia Social e Sociologia, um mapa, um receituário, um código através do qual as pessoas de um dado grupo pensam, classificam, estudam e modificam o mundo e a si mesmas”.  O ser humano é vivencia uma diversidade cultural, ele faz parte de um conhecimento inacabado, e o ambiente escolar precisa antes de tudo respeitar a diversidade cultural.

O ambiente escolar é muito mais do que apenas um conjunto de salas de aula onde se transmite conhecimento. Ele é um ecossistema complexo que molda atitudes, valores e, consequentemente, a cultura e o aprendizado de seus estudantes. A forma como esse ambiente é construído e mantido tem um impacto profundo no desenvolvimento integral dos alunos. O aprendizado da criança é mutuo, ela socializa e se integra entre pessoas e desenvolve o seu próprio crescimento.

Goldani; Togatlia; Costa (2010, p.13) diz que:

 

A aprendizagem ocorre por meio das interações sociais e estas são originadas por meio dos vínculos que estabelecemos com os outros, pode-se dizer que toda aprendizagem ocorre por meio das interações sociais e estas são originadas por meio dos vínculos que estabelecemos com os outros, pode-se dizer que toda aprendizagem está impregnada de afetividade

 

O aprender faz parte de um processo natural do ser humano, ele está sempre em formação, a escola tem o papel especial de trabalhar com o aluno o conhecimento formal, a transmissão do saber, o aprendizado faz parte de processo interativo e social onde faz-se necessário trabalhar a inclusão e o respeito às diferenças, as culturas vivenciadas. A educação faz parte desta dinâmica do saber, da liberdade do pensar. A escola, tem o papel de trabalhar com a diversidade cultural, com valores, princípios e regras constituídas.

A escola e, consequentemente, a educação, como espaço em que as contradições sociais se manifestam, converte-se em um dos cenários do multiculturalismo. A presença das múltiplas culturas não é uma invenção escolar, mas a convivência entre as múltiplas culturas existe no ambiente escolar e é fator importante no contexto que estamos tratando. Essa convivência é resultado das interações humanas, seja por processos de colonização, migração, êxodos, guerras, etc. (Freitas,2011, p. 90)

 

A escola é um espaço especial do desenvolvimento das habilidades e competências da criança, assim como da sua socialização. A criança está sempre aprendendo, os pais, os professores, os atores da educação são importantes diante desta fase de passeio que a criança faz sobre cada degrau do saber, ela vai aos poucos se projetando para a vida, para o mundo que o constitui, pela diversidade cultural que ela vai conhecendo e explorando.

 

Costuma-se dizer que a educação deve formar o homem integral, vale dizer, indivíduos capazes de pensar com lógica, de ter autonomia moral; indivíduos que se tornem cidadãos capazes de contribuir para as transformações sociais, culturais, científicas e tecnológicas que garantam a paz, o progresso, uma vida saudável e a preservação do nosso planeta. Portanto, pessoas criativas, participativas e críticas. (Tonet 2006, p. 15).

 

É importante frisar que quando os alunos que se sentem bem no ambiente escolar, quando eles conseguem expressar suas emoções, participar das aulas, vivenciar o aprendizado em conjunto com a diversidade cultural na sala de aula eles tendem a ter uma maior assimilação do aprendizado apresentado.

É importante frisar que alunos sob estado de estresse em sala de aula, que possam vivenciar problemas de exclusão, de bullying, poderam vir a sofrer uma maior dificuldade em se concentrar, em absorver informações e em desenvolver habilidades sociais e emocionais. A cultura de uma escola assim pode se tornar marcada de forma negativa, pela competição excessiva e exagerada, pela intolerância e pela desmotivação vivenciada.

 

2.1 O ambiente escolar na construção de uma cultura de prazer pela aprendizagem

 

O ambiente escolar faz parte da construção do aprendizado, está concatenado a diversidade cultura.  A escola faz parte de um papel relevante diante da   formação integral dos ser humano em formação, transcendendo de certo modo a mera transmissão de conhecimentos postos, ela vai além, é um espaço onde se constroem valores, habilidades e, fundamentalmente, a relação com o saber.

O ambiente escolar é um agente ativo que influencia a cultura e o aprendizado faz parte de uma fusão entre o saber vivenciada, os costumes apresentados, conceitos e valores diversificados. “O processo de aprendizagem do conhecimento nunca está acabado, e pode enriquecer-se com qualquer experiência”. (Delors, 2006, p. 92). A escola respeita antes de tudo o que os alunos trazem, pois só assim é possível trabalhar um aprendizado calcado nos seus valores, experiencias e vivências. Investir na construção de ambientes escolares que promovam a inclusão, o respeito a dignidade do ser humano é investir no futuro de nossos jovens, é respeitar a diversidade cultural e o verdadeiro estímulo do aprendizado.

 

O acesso à cultura no ambiente escolar gera pertencimento ao indivíduo que consome, oportunizando a criação da identidade cultural e, uma visão de mundo mais democrática e humanista. Pois como bem elencou Paulo Freire, “A questão da identidade cultural, de que fazem parte a dimensão individual e a de classe dos educandos cujo respeito é absolutamente fundamental na prática educativa progressista, é problema que não pode ser desprezado”. (Freire. 2019. p.42).

 

 

A cultura faz parte da diversidade daquilo que os alunos trazem, do que eles vivenciam e compartilham com os demais no ambiente escolar. A escola, portanto, tem o dever legal de respeitar a faixa etária da criança e aplicar a ela o conhecimento pactuado com o que ela pode assimilar, o professor precisa também estar atento a isto. A escola inclui, trabalha com as diferenças e as habilidades apresentadas de cada criança como também a escola e a família trabalham com a criança formando o primeiro cidadão.

A instituição escola tem uma contribuição positiva no que diz respeito aos programas de brincadeira e entretenimento para a criança, para o desenvolvimento infantil e sua formação. Naturalmente os professores em parceria com o corpo gestor da escola são aqueles que fazem a representação direta de projetos e aplicação teórica e pratica dos jogos o desenvolvimento da criança diante do seu aprendizado.

A promoção de uma cultura de prazer pela aprendizagem é um objetivo fundamental   para o alcance dos resultados alcançados diante do trabalho da educação e do desenvolvimento pessoal dos discentes. A criação de um ambiente escolar que fomente de forma direta a essência do prazer pela aprendizagem, pelo desejo natural de aprender envolve aspectos inter-relacionados, faz parte da diversidade.

A sociedade precisa estar aberta a estas mudanças, os valores são dinâmicos, os comportamentos socais e culturais vão mudando com o tempo. A escola precisa estar atenta a estas mudanças, trabalhar o não preconceito e respeitar as diferenças fazem parte da construção do conhecimento.

Segundo Gadotti (1992, p. 70)

 

 

Todo ser humano é capaz de aprender e de ensinar, e, no processo de construção do conhecimento, todos os envolvidos aprendem e ensinam. O processo de ensino-aprendizagem é mais eficaz quando o educando participa, ele mesmo, da construção do ‘seu’ conhecimento e não apenas “aprendendo” o conhecimento.

 

Todo ser humano é de certo modo dotado de capacidade para aprender como também ensinar e vir a ser estimulado pelo saber.  Os pais são os primeiros professores que fazem as instruções necessárias aos seus filhos, desde cedo conceitos são transmitidos e repassados pelas gerações.  Portanto, o aluno quando inicia o seu contato com a escola ele já traz uma bagagem de vivencia, de experiência, de cultura, valores e aprendizado vivenciado através do seio familiar e da própria comunidade em que vive. A escola é uma extensão da continuação de um saber mais lapidado, especifico e trabalhado.

A cultura escolar como um todo influencia a relação dos alunos com a aprendizagem. Uma cultura que prima antes de tudo pelo despertar da curiosidade da criança, que estimula a pensar de forma crítica, que o provoca a refletir acaba por criar um ambiente especial para o aluno, um despertar pelo desejo e o prazer pelo aprendizado.

Portanto, a construção de uma cultura de prazer pela aprendizagem no ambiente escolar é um processo rico e desafiador, é complexo e ao mesmo tempo desperta aos educadores o desejo de acertar. Portanto, a criação de espaços físicos acolhedores, a valorização da relação docente e discente tem como bojo de trabalho e inovação propostas de caráter pedagógicas e promoção de uma cultura escolar que valoriza a curiosidade e a colaboração, são elementos, portanto, essenciais para o sucesso dessa empreitada.

 

3 A INFLUÊNCIA DO AMBIENTE ESCOLAR E O PRAZER PELO APRENDER

 

O ambiente escolar desempenha um papel importante no processo de ensino-aprendizagem da criança em formação, ela influencia de forma direta o bem-estar dos discentes, pois faz parte de um processo que trabalha antes de tudo a qualidade do ensino e o bem estar emocional dos seus alunos.

Para que possa ocorrer a aprendizagem segundo Montessori (2017, p. 10-11) faz-se necessário antes de tudo:

 

Criar um ambiente para a criança que a interesse, traga em si os valores da comunidade que vive, que traga conforto e confiança para ela poder dizer “aqui eu posso” (como nos ensina Carol Rogers); que traga possibilidades de agir, de descobrir, de classificar, de medir, produzir e, assim, espontaneamente, crescer.

 

O ambiente escolar precisa ser antes de tudo um ambiente que estimule a criança, que o faça bem, que a escola possa vir a utilizar métodos e didáticas que possam ser estimulantes e provocativas em relação ao aprendizado da criança. É sabido que uma escola que não prima por projetos, mudanças curriculares, inovação diante do seu quadro de professores, de mudanças didáticas aplicadas a inovação da educação ela tende a não se enquadrar diante da expectativa dos alunos e isto acaba ocorrendo um desestimulo, uma verdadeira de motivação por parte dos alunos em formação.

O ambiente em sala de aula tem o seu significado, os professores tem um desafio ao entrarem pois eles precisam estar sempre revisão os seus conteúdos, tornando o ambiente atrativo e chamativo para os alunos. O ato de ensinar tem a sua relevância diante dos resultados alcançado, do ensino-aprendizado compartilhado e que possa antes de tudo ser satisfatório. Por outro lado, quando os alunos estão constituídos de emoções de caráter negativo, em que sua autoestima está comprometida, ele acaba tendo a sua memória comprometida assim como a sua capacidade de socializar, de se integrar diante dos outros alunos.

As leis de Diretrizes de Base da Educação (LDB), lei 9394/94 (on lene) afirma que:

Art.2º. A educação, dever da família e do estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

 

A educação é um dever da família, do Estado, faz parte de um desafio em que pais e instituição escolar precisam comungar numa mesma temática de inclusão, de diversidade, de respeito a cultura trazida, assim como dos projetos voltados ao ensino e aprendizagem dos seus alunos. Ela tem a responsabilidade de incluir, de recepcionar, mas para que isso seja promissor é importante o contato direto com a família. A escola tem o seu papel, mas não pode trabalhar sozinha, o apoio da comunidade, dos familiares faz-se necessário.

A educação deve instrumentalizar o homem como um ser capaz de agir sobre o mundo e, ao mesmo tempo, compreender a ação exercida. A escola não é a transmissora de um saber acabado e definitivo, não devendo separar teoria e prática, educação e vida. (Aranha, 1996, p.52).

 

Para que possa ser criado um ambiente escolar venha a trazer o prazer pelo aprender, faz-se necessário priorizar antes de tudo o espaço físico da escola, sua arquitetura, sua beleza, a escola precisa ser um ambiente acolhedor.  Portanto, a manutenção das instalações, limpeza, atendimento dos colaboradores, a qualificação dos professores muito contribui para o desejo natural da criança gostar de estar e ir para a escola.

Tiba (1996, p.140), afirma que:

O ambiente escolar deve ser de uma instituição que complete o ambiente familiar do educando, os quais devem ser agradáveis e geradores de afeto. Os pais e a escola devem ter princípios muito próximos para o benefício do filho/aluno.

Faz-se mesário que exista esta parceria, esta extensão entre escola e família. O ambiente escolar tem que ser um lugar de construção e de  formação da criança e do adolescente em sintonia com a educação, com a família, a escola e o processo cultural vivenciado. Investir em recursos tecnológicos e no aprendizado de caráter interativo, permite que os discentes utilizem materiais e possam com isto, participarem de atividades nas aulas, que estes possam gostar do ambiente escolar, que eles possam vir a se sentirem acolhidos, incluídos.

Tavares e Nogueira (2013, p. 51-52) fundamentam o seguinte ponto:

 

Como a escola é uma instituição que se propõe a formar cidadãos, torna-se necessário construir uma relação de diálogo, onde exista entre família e escola uma troca de saberes. E como em qualquer relação é necessário que exista compreensão. É necessário que uma instituição saiba escutar a outra, e, principalmente, respeitar e compreender as ideias, crenças e valores diferentes, tornando-se complementares, integradoras.

 

 

O ambiente escolar e o prazer pelo aprendizado do aluno em sala de aula, são uma das questões que desafia a todos os professores, gestores educacionais, portanto, faz parte de um trabalho imponente e provocativo que precisa existir e ser naturalmente trabalhado. A adoção de uma abordagem interativa e inclusiva no ensino assim como a utilização de ferramentas como tablets e outros recursos interativos, podem vir a ampliar de forma direta a motivação dos alunos.

 

A inclusão tem o propósito de produzir novos sujeitos capazes de ampliar suas redes de comunicação, alterando as fronteiras dos saberes e dos territórios de poder; e de conectar suas práticas de produção de saúde ao campo da gestão, pois aquelas derivam das condições institucionais que definem os modos de funcionamento da organização, tarefa da gestão (Pasche; Passos, 2010, p. 7).

 

 

A educação faz parte do processo de desenvolvimento da humanidade, do trabalho com as diferenças, do entender e compreender as dores do próximo, do exercício com as diferenças, com a inclusão, com os modelos a serem seguidos e adotados em seu meio, assim como, não só tratar a questão da higiene do espaço escolar como forma de organização como também trazer à tona as discussões do bem estar psicológico da criança e do adolescente.

A escola representa a instituição que a humanidade criou para socializar o saber sistematizado. Assim, a sua função social varia, relacionando-se aos mais diferentes momentos da história, as culturas, conforme a região e povos que constituem a comunidade escolar. As constantes mudanças sociais, econômicas e políticas ocorridas no mundo requerem que a escola atenda a estas novas exigências (Penin 2001. P.17).

 

 

A responsabilidade da escola e do sistema educativo por um todo faz parte de um ciclo de promoção de uma educação que vai além do ensino formal, busca desenvolver habilidades socioemocionais, lúdicas, respeitando a diversidade cultural e os estímulos voltados ao aprendizado. A instituição escolar prima pela coletividade, pelo resultado de aprendizado que seja promissor para todos.

 

A função da escola é proporcionar um conjunto de práticas preestabelecidas tem o propósito de contribuir para que os alunos se apropriem de conteúdos sociais e culturais de maneira crítica e construtiva. Esta função socializadora nos remete a dois aspectos: o desenvolvimento individual e o contexto social e cultural. (Freire, 2000. p. 132)

 

 

A conscientização do trabalho da qualidade de vida no ambiente escolar influencia de forma direta diante do desenvolvimento intelectual dos alunos. Gestores, docentes e demais colaboradores devem fazer parte de uma estrutura harmônica diante do saber e da qualidade da vida no ambiente escolar. Portanto, pode-se afirmar que a influência do ambiente escolar  faz parte de uma lógica diante da  construção de uma cultura de prazer pela aprendizagem, pelo desejo do aluno de saber, de conhecer.

 

CONCLUSÃO

A escolas tem um oficio importante diante das habilidades e das competências dos seus alunos, do conhecimento inacabado, ela faz parte do seio social da comunidade como um todo, como também desperta na criança e nos jovens o caráter de cidadania. O prazer do aluno pelo aprendizado é fruto de uma série de projetos didáticos e pedagógicos que a escola venha a aplicar assim como da parceria entre família e escola.

Foi compreendido que o a influência do ambiente escolar na construção de uma cultura de prazer pela aprendizagem faz parte de um papel desafiador não só diante do ato de transmissão do conhecimento como também ensinar aos alunos o desenvolvimento crítico e reflexivo.  O professor é o profissional que não se limita a transmissão do conhecimento, mas estimula os discentes a uma visão crítica, a uma interpretação reflexiva de mundo, do saber constituído.

REFERÊNCIAS

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação. São Paulo: Moderna, 1996.

BRASIL. LDB : Lei n 9.394/1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>Citado em: 20 de fev. de 2025.

DELORS, Jacques. (Org). Educação um tesouro a descobrir. 10 ed. São Paulo: Cortez; Brasília: MEC/UNESCO, 2006.

DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir. 8. ed. – São Paulo: Cortez; Brasília, DF: MEC: UNESCO, 2003.

FREITAS, Fátima e Silva de. A diversidade cultural como prática na educação. 1ª ed. Curitiba : IBPEX, 2011.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia, Saberes necessários à prática educativa. P.42. 60º Ed. 2019.

______. Educação como pratica da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.

GOLDANI, A; TOGATLIAN, M. A; COSTA. R. A. Desenvolvimento, Emoção e Relacionamento na Escola. Rio de Janeiro: Epapers, 2010.

MATTA, Roberto da. Explorações: ensaios de sociologia interpretativa. Rio de Janeiro: Rocco, 1986.

SILVA, F. C. T. Cultura Escolar: quadro conceitual e possibilidades de pesquisa, Educar, Curitiba, n. 28, p. 201-216, 2006.

TAVARES, Camila Mendes Martins; NOGUEIRA, Marilice de Oliveira e. Relação família-escola: possibilidades e desafios para a construção de uma parceria.  RevistaFormação@Docente.BeloHorizonte,v.5,n.1,jan.jun.2013.Disponívelem:<https://www.metodista.br/revistas/revistasizabela/index.php/fdc/article/view/309/336>Acesso em: 05 jul. 2025.

TONET, I. Educação e Formação Humana. Ideação, v. 8 n. 9. Brasil, 2006.

[1] Mestrando em Ciências da Educação.

 

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