A IMPORTÂNCIA DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NA EDUCAÇÃO
INFANTIL: DO LÚDICO A ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO.
THE IMPORTANCE OF STORYTELLING IN EARLY CHILDHOOD
EDUCATION: FROM PLAY TO LITERACY AND LITERACY.
Mislene Daiane Lamatriz1
Gislaine Cristina Candido de Almeida²
Resumo
A contação de história é uma ferramenta essencial na alfabetização e no letramento, pois
desperta o interesse pela leitura, desenvolve a oralidade, amplia o vocabulário e estimula a
imaginação das crianças. Além de facilitar a compreensão textual, essa prática contribui para a
escrita futura e promove o pensamento crítico e a empatia. Também valoriza a diversidade,
tornando o ambiente escolar mais inclusivo. Portanto, contar histórias não é apenas uma forma
de entretenimento, mas um recurso pedagógico poderoso que deve ser amplamente utilizado na
educação infantil. Com isso, despertando o interesse dos alunos de uma forma lúdica,
criatividade e imaginação essa prática deve ser incentivada pelos educadores, utilizando
recursos variados, como livros ilustrados, dramatizações e tecnologia, para tornar o aprendizado
mais dinâmico. Assim, a contação de histórias se consolida como um poderoso aliado na
formação leitora e crítica, garantindo uma experiência educacional mais prazerosa e eficaz.
Palavras-chave: Contação de histórias. Alfabetização. Letramento. Lúdica. Leitura.
1 Artigo publicado na EBWU no Curso de Mestrado em Ciências da Educação como trabalho de nivelamento
de estudos das disciplinas básicas. Mestranda da EBWU. Email:mislenedaianelamatriz@gmail.com
2 Docente do Curso Superior de Doutorado do Instituto EBWU. Doutora em educação. E-mail:
gcandidoal@gmail.com
1 INTRODUÇÃO
A contação da história tem sido uma das formas mais antigas e eficazes de transmitir
conhecimento, cultura e valores. No contexto da educação infantil, essa prática ganha ainda
mais relevância, pois se mostra uma ferramenta poderosa na alfabetização e no letramento das
crianças. A contação de histórias não apenas desperta o interesse dos pequenos pelo mundo da
leitura, mas também favorece o desenvolvimento da oralidade, da imaginação e da compreensão
textual.
Primeiramente, é importante destacar que a alfabetização vai além do simples ato de
decodificar letras e palavras. Ela está diretamente relacionada ao letramento, que envolve a
capacidade de interpretar e produzir textos em diferentes contextos. A contação de histórias
contribui significativamente para esse processo, pois aproxima a criança da linguagem escrita
de maneira lúdica e prazerosa, tornando o aprendizado mais natural e significativo.
Além disso, ouvir histórias ajuda no desenvolvimento da oralidade e do vocabulário
infantil. Durante a narração, a criança tem contato com diferentes estruturas linguísticas, amplia
seu repertório lexical e aprende a organizar suas ideias de forma coesa e coerente. Essa
experiência contribui diretamente para a escrita futura, pois ao ouvir histórias bem construídas,
a criança internaliza modelos que serão úteis na sua produção textual.
Outro aspecto essencial é o estímulo à imaginação e à criatividade. A contação de histórias
permite que as crianças se transportem para diferentes universos, vivenciem experiências
simbólicas e criem conexões entre o mundo real e o fictício. Esse exercício mental favorece o
desenvolvimento do pensamento crítico e da empatia, habilidades fundamentais para a
formação de cidadãos mais reflexivos e sensíveis.
Vale ressaltar, ainda, que a contação de histórias pode ser um grande aliado na inclusão e
na valorização da diversidade. Ao apresentar narrativas que retratam diferentes culturas,
realidades e perspectivas, o educador amplia a visão de mundo das crianças e promove um
ambiente escolar mais acolhedor e respeitoso.
Diante desses aspectos, é evidente que a contação de histórias deve ser amplamente
valorizada nas práticas pedagógicas voltadas para a alfabetização e o letramento. Os professores
precisam investir nessa estratégia, utilizando diferentes recursos, como livros ilustrados,
fantoches, dramatizações e até mesmo recursos tecnológicos. Dessa forma, será possível
transformar o processo de ensino e aprendizagem em uma experiência rica, envolvente e
significativa para as crianças.
Em suma, contar histórias não é apenas um ato de entretenimento, mas um instrumento
fundamental para a formação leitora e crítica dos pequenos. Ao estimular a imaginação, a
oralidade e a compreensão textual, essa prática contribui para um aprendizado mais efetivo e
prazeroso. Portanto, que nunca faltem histórias para encantar, ensinar e transformar o universo
infantil.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A importância de contação das histórias na educação infantil é fundamental para o
ensino e aprendizagem dos alunos. O ato de ouvir histórias estimula a imaginação, a
criatividade e a oralidade, ajudando na construção do pensamento crítico e na ampliação
do vocabulário.
Além disso, essa prática desperta o interesse pela leitura de forma lúdica e prazerosa,
aproximando as crianças do universo dos livros e incentivando a interpretação textual.
Outro ponto relevante é a valorização da diversidade e da inclusão, pois as histórias
permitem o contato com diferentes culturas, realidades e perspectivas, promovendo o
respeito e a empatia. Para tornar a contação de histórias mais envolvente, os educadores
podem utilizar diversos recursos, como livros ilustrados, fantoches, dramatizações e até
tecnologias digitais. Dessa forma, a experiência se torna dinâmica e interativa,
potencializando os benefícios do aprendizado.
Contar histórias vai muito além do entretenimento; trata-se de uma estratégia
pedagógica essencial para o desenvolvimento infantil, garantindo um aprendizado mais
significativo e prazeroso.
Segundo Coelho (2002, p. 10) “a história faz todos se alegrar em à aula passa ser
divertida, prazerosa e o professor estará bem satisfeito com a participação dos seus alunos
em suas aulas”. Mas, para que isso acorra o narrador que será o professor deve estar ciente
de que é de suma importância que a história, que sua função é de apenas contar o que
aconteceu, emprestando vivacidade à narrativa.
Segundo Coelho, (2002 p. 12):
A história infantil mantém o mundo mágico que tem na criança há quem conte
histórias para destacar mensagens, repassar conhecimento, fazer obedecer até fazer uma espécie de intimidação se não bagunçar, conto uma história. “se isso” “se aquilo”
quando contrário que funciona.
A história acalma, auxilia na aprendizagem das crianças, além de incentivar a leitura e
o interesse pela literatura nas crianças, a contação de histórias também pode promover a
socialização em sala de aula, o professor pode trabalhar a história de várias maneiras,
principalmente dinamizar com os alunos. As histórias e contos têm várias funções e
importâncias diferentes tanto na educação infantil quanto nas outras etapas e modalidades da
educação, os educadores precisam deixar essas práticas presentes no dia a dia escolar, isso vai
tornar a aprendizagem mais dinâmica e irá criar seres mais cultos e interessados por literatura
desde a infância.
Devemos também dramatizar, criar, inventar, se movimentar, trazer imagens, vídeos, e
junto com eles usar nosso corpo e mente, sempre lembrando que as histórias infantis devem ter
uma linguagem simples e de fácil entendimento.
Segundo Abramovich (2006, p. 21-22).
Ah, é bom saber começar o momento da contação, talvez do melhor jeito que as
histórias sempre começaram, através da senha mágica “Era uma vez…”. Ou qualquer
outra forma que o agrade ao contador e aos ouvintes… Ah, e segurar o escutador desde
o início, pois se ele se desinteressa de cara, não vai ser na metade ou quase no
finalzinho que vai mergulhar… Ah, não precisa ter pressa em acabar, ao contrário, ir
curtindo o ritmo e tempo que cada narrativa pede e até exige… “E é bom saber dizer
que a história acabou de jeito especial: Entrou por uma porta, saiu pela outra, quem
quiser que conte outra…” Ou com outro refrão que faça parte do jogo cúmplice entre
a criança e o narrador…
As práticas pedagógicas devem se estruturar como instâncias críticas das práticas
educativas, na perspectiva de transformação coletiva dos sentidos e significados das
aprendizagens. A esse respeito, Bussato (2206) afirma que:
[…] Na contação de histórias a prática pedagógica deve ser mais envolvente, porque
contar histórias mobiliza o imaginário, permitindo vivência de tempos e lugares
distintos. É uma viagem sem sair do lugar! As oportunidades criadas pelas narrativas
podem ser infinitamente variadas, despertando emoções, ampliando conhecimentos,
exercitando formas de interagir e oportunizar a prática da alteridade.
(BUSSATO, 2006, p. 22).
A criança sonha e o professor passa a ser coadjuvante nesse processo de encantar, em
fazer com que cada criança possua seu mundo imaginário. Cada história traz um relato fictício, mas na imaginação da criança a história suaviza cada momento e o professor passa a reger essa
orquestra que deve ser regida com muito amor e dedicação.
A esse respeito, Patrini (2005) relata:
[…] O ato de contar histórias é uma ferramenta que não incentiva somente a
imaginação, mas favorece o hábito pela leitura e, ao mesmo tempo, amplia o
vocabulário, a narrativa, e a cultura. É um passeio imaginativo. Contar histórias é uma
arte que pode ser feita de várias maneiras onde o professor pode usar da sua
imaginação e dos recursos que estiverem ao seu alcance, porque nem sempre dispõe
de materiais. Diante disso deve – se improvisar na forma de narrar. (PATRINI, 2005,
p. 143).
Portanto, quando lemos histórias para as crianças ela sentem imediatamente em contato
com o conteúdo abordado e também com a linguagem escrita esse tipo de atividade tem uma
grande importância para o que diz respeito ao desenvolvimento do ato da leitura e da escrita, e
assim, quando se coloca a criança em contato com textos escritos oferece a um modelo de como
se lê.
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
A definição do conteúdo etimológico do processo de alfabetização o reduz a uma esfera
mecânica, na qual “alfabetizar – se” está vinculado a habilidades de codificação (ou
representação escrita de fonemas em grafemas) e decodificação (ou representação oral de
grafemas em fonemas).
Não há possibilidade de alfabetização sem relação escrita – mundo, escrita – contexto.
Há um processo sócio – cultural na gênese dessa aprendizagem.
Garcia (1986, p.19), afirma:
A criança que vive num ambiente estimulante vai construindo prazerosamente seu
conhecimento do mundo. Quando a escrita faz parte do seu universo cultural também
constrói conhecimentos sobre a escrita e sobre a leitura. Ler é conhecer. Quando mais
tarde ela aprender a ler a palavra, já enriquecida por tantas leituras anteriores,
apropriar – se à mais um instrumento de conhecimento do mundo.
A alfabetização e o letramento são conceitos interligados, mas distintos. Alfabetizar uma
criança significa ensiná-la a reconhecer e usar os códigos da língua escrita. No entanto, somente
ser alfabetizado não garante que o indivíduo saiba interpretar textos e utilizar a escrita no
cotidiano. O letramento, portanto, amplia esse processo ao garantir que a leitura e a escrita
sejam utilizadas de forma significativa na vida social e acadêmica.
Segundo Magda Soares (2003), “Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever
dentro de um contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno.”
Através de leituras sobre o tema foi possível constatar que um conceito básico para a
alfabetização é de que ela é um processo que leva a aprendizagem inicial da leitura e escrita.
Ou seja, alfabetizada é aquela pessoa que domina habilidades básicas para fazer uso da leitura
e escrita.
Vejamos alguns conceitos de alfabetização. Para Val (2006, p. 19):
Pode-se definir alfabetização como o processo específico e indispensável de
apropriação do sistema de escrita, a conquista dos princípios alfabético e ortográfico
que possibilitem ao aluno ler e escrever com autonomia. Noutras palavras,
alfabetização diz respeito à compreensão e ao domínio do chamado “código” escrito,
que se organiza em torno de relações entre a pauta sonora da fala e as letras (e outras
convenções) usadas para representá-la, a pauta, na escrita.
Os níveis da alfabetização através dos resultados obtidos por meio da pesquisa realizada
por Emilia Ferreiro e Ana Teberosky foram definidos cinco níveis de desenvolvimento da
escrita segundo a psicogênese da língua escrita são os seguintes: nível pré-silábico, silábico,
silábico-alfabético, alfabético e ortográfico.
Pré-Silábico: Nesta fase, a criança ainda não reconhece as letras do alfabeto de forma
sistemática e não consegue associá-las aos seus sons. Ela pode se envolver com o processo de
escrita de maneira lúdica, como rabiscos ou desenhar símbolos, sem a intenção de formar
palavras reais.
Silábico: Nesse nível, o indivíduo começa a perceber que as palavras podem ser
divididas em unidades menores, chamadas sílabas, e começa a utilizar essas unidades para
melhorar sua leitura e escrita. Essa etapa é importante porque marca a transição entre a simples
associação de letras e sons (nível alfabético) para uma leitura mais fluente e estruturada,
baseada em unidades maiores de som.
Silábico – alfabético: O indivíduo já consegue ler e escrever com maior fluência,
compreendendo melhor os textos que lê. Ele é capaz de reconhecer palavras por completo, sem
precisar decodificar letra por letra ou sílaba por sílaba. Já existe uma maior compreensão de
textos mais longos.
Alfabético: Nesse nível, o indivíduo começa a entender a correspondência entre as letras
do alfabeto e os sons que elas representam, o que é essencial para a formação das palavras.
Ortográfico: Nesse nível, o foco está em corrigir e aprimorar a escrita, ajustando as
palavras de acordo com as normas ortográficas estabelecidas.
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Segundo Miranda (2001), o lúdico tem sua origem na palavra latina “ludus” que quer
dizer “jogo”. Se fossemos nos prender a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas
ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo.
Segundo Vygotsky (2010) o brincar é definido como uma situação imaginária criada
pela criança. Além de preencher as necessidades que mudam de acordo com a idade. De acordo
com o desenvolvimento da criança, o brinquedo que oferece uma situação imaginária também
apresenta regras, criadas pela própria criança, à medida que cresce.
Para Piaget (2002) os atos da criança em sua maioria, encontram-se na fase do pré-
operatória, predominando o egocentrismo e no jogo simbólico quando a criança representa um
objeto por outro, atribuindo novos significados, na representação de alguns papéis como:
brincar de mãe, de pai, de médico, etc. E na evolução do jogo simbólico e suas fases, verifica-
se novas séries de símbolos lúdicos.
Assim, constata-se que a ludicidade tem contribuído de forma satisfatória para a
melhoria da aprendizagem das crianças da instituição. De forma dinâmica e criativa os
educadores têm conduzido suas ações lúdicas, valorizando-as, com grande relevância no
processo de ensino e aprendizagem, contribuindo para desenvolvimento de habilidades e
potencialidades, priorizando o processo de alfabetização das crianças matriculadas na
instituição.
O lúdico é muito importante na educação infantil, pois é através dele que a criança
desenvolve habilidades e aprende. Os jogos e os brinquedos sempre fizeram parte da vida do
ser humano. E para que o lúdico possa contribuir na construção do saber faz-se necessário que
o educador estabeleça os objetivos fazendo com que a brincadeira tenha um caráter pedagógico,
promovendo o desenvolvimento de habilidades intelectuais e a interação social da criança.
O processo deve ser realizado com prazer e a estratégia lúdica vem se configurando
como uma importante ferramenta para o desenvolvimento no processo de ensino infantil. O
brincar é vital para o desenvolvimento do corpo e da mente. Nele se reconhece um meio de
proporcionar educação integral, em situações naturais de aprendizagem que geram forte
interesse em aprender e garantem prazer. O lúdico viabiliza a construção do conhecimento de forma interessante e prazerosa, garantindo nas crianças a motivação intrínseca necessária para
uma boa aprendizagem, até convertê-las em adultos maduros, com grande imaginação e
autoconfiança, mesmo aqueles que apresentam alguma dificuldade na sua aprendizagem ou na
aquisição do conhecimento.
Brincando e jogando a criança terá oportunidade de desenvolver capacidades
indispensáveis a sua futura atuação profissional, tais como atenção, afetividade, o habito de
permanecer concentrado e outras habilidades perceptuais psicomotoras. Brincando a criança
torna-se operativa a formação lúdica possibilita ao educador conhecer-se como pessoa, saber
de suas possibilidades, desbloquear resistências e ter uma visão clara sobre a importância do
jogo e do brinquedo para a vida da criança. Hoje sabemos por muito que pesquisamos que os
jogos realmente contribuem para a construção da inteligência, desde que sejam usados em
atividades lúdicas prazerosas e com questionamentos do professor, respeitando as etapas de
desenvolvimento intelectual da criança. Os benefícios de uma infância bem vivida em termos
lúdicos fazem-se sentir ao longo da existência do individuo.
Vale ressaltar que a finalidade da brincadeira é primordial na evolução do aprendizado
das crianças, visto que, brincando, a criança começa a identificar, criar, relacionar-se e,
especialmente, entende a ser, como preconizam os quatro pilares da educação (Delors et al.,
1996). Com relação ao tema, Vygostky (1979, p. 45), por sua vez, complementa que “a criança
aprende muito ao brincar. O que aparentemente ela faz apenas para distrair-se ou gastar energia
é na realidade uma importante ferramenta para o seu desenvolvimento cognitivo, emocional,
social, psicológico”. Percebe-se que, para as crianças avançarem no processo de seu
desenvolvimento, será necessária uma ação reflexiva de todos os envolvidos na organização
escolar.
As brincadeiras são divertimentos exclusivos da infância, uma atividade natural da
criança, que muitas vezes, não necessita de compromisso e envolve comportamentos
espontâneos e prazerosos, brincando a criança se diverte, constrói seus conhecimentos e
aprende a relacionar-se ao meio em que vive. Respeitando o desenvolvimento do processo
lúdico, o educador poderá desenvolver novas habilidades no repertório da aprendizagem
infantil. A brincadeira contribui para o processo de socialização das crianças, oferecendo-lhes
oportunidades de realizar atividades coletivas livremente, além de ter efeitos positivos para o
processo de aprendizagem e estimular o desenvolvimento de habilidades básicas e aquisição de
novos conhecimento.
O lúdico, enquanto atividade escolar, agrada as crianças, ajuda a evitar o tédio do ato
pedagógico e constitui um aliado para nutrir o interesse dos alunos. Além disso, consiste em um elo entre a fantasia e o real, estimulando a criatividade e o desenvolvimento de crianças e
de adultos, nos quais o docente está incluído, atividades podem criar um ambiente mais
descontraído e envolver os alunos na aprendizagem e se divertindo ao mesmo tempo. Assim,
um ambiente leve também pode impulsionar nos alunos confiança para participar mais.
3 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
A contação de histórias desempenha um papel essencial na educação infantil, atuando
como um elo entre o lúdico e o processo de alfabetização e letramento. Essa prática não apenas
desperta o interesse das crianças pela leitura e escrita, mas também promove o desenvolvimento
cognitivo, emocional e social. Ao ouvir histórias, os pequenos ampliam seu vocabulário,
aprimoram a compreensão textual e fortalecem a criatividade, elementos fundamentais para sua
formação como leitores e cidadãos críticos.
Para que a contação de histórias tenha um impacto significativo, é essencial que educadores
utilizem métodos dinâmicos e interativos, adaptando-se às necessidades de cada criança. Além
disso, o envolvimento da família nesse processo potencializa os benefícios dessa prática,
tornando a leitura parte do cotidiano infantil. Dessa forma, a contação de histórias se consolida
como uma ferramenta poderosa na educação infantil, contribuindo para a alfabetização e o
letramento de maneira prazerosa e eficaz. Investir nessa prática significa oferecer às crianças
um caminho rico e acessível para o conhecimento, estimulando o gosto pela leitura e
preparando-as para um futuro acadêmico e social mais promissor.
A alfabetização e letramento é um marco importante no processo de aprendizagem de uma
criança, refletindo o desenvolvimento de suas habilidades linguísticas essenciais para a
comunicação escrita e oral. A alfabetização diz respeito à capacidade de reconhecer e escrever
as letras do alfabeto, associando-as aos sons correspondentes (decodificação), enquanto o
letramento envolve a compreensão e a utilização da linguagem escrita no cotidiano, ou seja, a
capacidade de interpretar e produzir textos em diversos contextos.
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