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A Formação Continuada do Professor no Contexto das Práticas em Neurociência

por Dannadat Aguiar Lemos

 

A FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR NO CONTEXTO DAS PRÁTICAS EM NEUROCIÊNCIA
THE CONTINUOUS TRAINING OF TEACHERS IN THE CONTEXT OF NEUROSCIENCE PRACTICES

 

Dannadat Aguiar Lemos [1]

Cecília Mitsue Harada Tsutsu[2]

Resumo

A prática pedagógica do docente está sempre em paralelo com sua formação, tanto com a inicial referente a graduação, como também em seus estudos posteriores, lato sensu ou stricto senso, ou mesmo em cursos específicos oferecidos pelas próprias instituições de trabalho ou na procura individual do professor, sabendo que esse conhecimento agregará nas suas ações em sala de aula. Um conhecimento necessário é os referentes ao funcionamento cerebral no contexto da aprendizagem, a neurociência aplicada na educação ou neuroeducação. Buscando as referências bibliográficas para fundamentar e entender de forma integralizada a forma como o cérebro funciona perante as ações cognitivas, apoiará o docente em suas escolhas de metodologias aplicada no contexto de turmas diversas em suas singularidades, saindo do senso comum e apoiado na ciência, reformulando e integralizando o ser ‘‘A neurociência quando dialoga com a educação promove caminhos para o educador torne-se um mediador do como ensinar com qualidade por meio de recursos pedagógicos que estimulem o estudante a pensar como pensar.’’ (RELVA, 2023, p. 10). Com a integração da neurociência nos currículos acadêmicos na área educacional envolvendo ações culturais e políticas haverá uma elevação na qualidade do ensino e por consequência avanço na educação.

 

 

Palavras-chave: Formação docente, neurociência, educação, aprendizagem.

 

 

1 INTRODUÇÃO

A evolução mundial está em constante progresso, acompanhar esse movimento está sendo um desafio para todas as áreas. Os avanços tecnológicos e científicos como por exemplo vemos na inteligência artificial nos faz pensar em como poderemos nos atualizar nesse contexto. E quando se trata de educação, a neurociência traz novos caminhos a serem traçados pelo homem. Há um novo entendimento de como o cérebro funciona fazendo-nos conhecer estratégias, métodos e ações que facilitam o aprendizado. Isso agora é possível tendo em vista todo o aparato científico, informacional e tecnológico que a sociedade está amparada e é amplamente difundida no meio acadêmico, biomédico e científico até que gradualmente chegue a ações práticas no meio social.

Devido às novas descobertas iniciou-se uma mudança gradual de paradigma, que a cada confirmação científica consolida-se com mais intensidade. “Durante muito tempo acreditou-se que não se formavam novos neurônios após o nascimento e que havia uma perda progressiva na população neuronal à medida que envelhecemos. Hoje sabemos que algumas regiões do cérebro mantêm a capacidade de produzir novas células pela vida inteira. ‘’ (COSENZA e GUERRA, 2011, p. 32). Podemos citar como exemplo exames de ressonância magnética que mapeiam o cérebro em diversas ações humanas e que agora sabem exatamente qual parte está ativada em cada função.

Nesse novo contexto mundial deveremos iniciar um ciclo de transformação social que envolve todos os setores, incluindo a base que instrui a sociedade e sua cultura, a escola. Os ambientes educacionais trabalham em prol de formar o ser para viver em sociedade, e esse ser, o aluno, necessita de uma formação que esteja integrada nas quais suas competências sejam promovidas para a vida em família e mercado de trabalho.

É crucial que o professor, como figura central nesse processo educativo, tenha uma formação contínua como forma de se atualizar enquanto profissionais e educadores. No entanto, o processo de atualização no segmento profissional docente é repleto de desafios, principalmente pela discrepância entre teoria e prática. Embora fosse simples dizer que basta estudar os métodos mais recentes, a realidade é mais complicada. Muitos profissionais enfrentam a falta de tempo devido às exigências do trabalho, o alto custo da qualificação e as orientações, muitas vezes moldadas por ideologias, que dificultam a implementação de novas abordagens.

O objetivo da pesquisa é identificar maneiras eficazes de compreender a neurociência aplicada à educação, além de explorar as melhores estratégias para integrar o uso dessas práticas no cotidiano, visando aprimorar a mediação do processo de ensino e aprendizagem.

Neste estudo, inicialmente serão abordados autores que discutem as neurociências, seus conceitos e o entendimento das áreas cerebrais e qual importância da neurociência para educação. Em seguida, serão analisadas as dificuldades que os docentes enfrentam ao tentar conciliar as atividades cotidianas da profissão com a necessidade de aperfeiçoamento contínuo, que se torna cada vez mais relevante devido às mudanças sociais e tecnológicas, procurando entender quais as dificuldades que o docente encontra para se atualizar nas práticas pedagógicas. A pesquisa buscará integrar as neurociências e a educação, conectando teorias relacionadas ao comportamento cerebral e aos processos neurocientíficos com a prática pedagógica, com ações que subsidiam de maneira científica as atividades práticas no ambiente escolar.

REFERENCIAL TEÓRICO

Neurociência no contexto da neuroeducação.

Atualmente, é cada vez mais evidente, ao analisarmos o contexto educacional, a importância do ensino de forma integral, que considera diversas dimensões, como as mentais, cognitivas, físicas e emocionais. O desenvolvimento humano ocorre nas interações sociais dentro do contexto real exigido pelo grupo ao qual pertencemos. Em termos gerais, a principal distinção entre os seres humanos e os demais animais é a capacidade de se relacionar intelectualmente por meio da linguagem, da consciência, da memória e das motivações. Não podemos mais ver o ser humano de forma compartimentada, dividido por dimensões que não se comunicam entre si, mas sim por uma linha imaginária de conceitos pré-estabelecidos que determinam que tipo de ser humano ele irá se tornar. Antigamente, o quociente de inteligência (QI)[3] Era a principal medida da inteligência humana, mas esse conceito que por muito tempo foi único e decisivo para qualificar ou desqualificar a capacidade intelectual se revelou insuficiente diante de uma cultura marcada pela diversidade de inteligências. Teóricos como Howard Gardner[4] sugerem que cada indivíduo possui habilidades cognitivas distintas, destacando-se em áreas específicas conforme suas aptidões. Outro conceito amplamente abordado em vários campos sociais é a inteligência emocional. O psicólogo, escritor e jornalista Daniel Goleman[5] foi responsável por popularizar o conceito de “inteligência emocional” com o lançamento de seu livro Inteligência Emocional, em 1995. Desde então, tem-se buscado integrar esse conceito à competência escolar. Esses estudos também envolvem o conhecimento do cérebro, essencial para compreender as emoções e como elas influenciam as ações humanas em interações sociais. Relva, Marta Pires (2023) considera o cérebro um órgão social, e em seu contexto educacional, ele pode ser transformado por meio de ações em ambientes de aprendizagem. D’Ambrosio avalia a questão da fragmentariedade do conhecimento ao argumentar que a divisão excessiva e isolada das áreas do saber dentro do sistema educacional pode ser um obstáculo ao aprendizado.

 

O conhecimento fragmentado dificilmente poderá dar a seus detentores a capacidade de reconhecer e enfrentar os problemas e situações novas que emergem de um mundo a cuja complexidade natural acrescenta-se a complexidade resultante desse próprio conhecimento transformado em ação que incorpora novos fatos à realidade, por meio da tecnologia. (D’Ambrosio. 2011, p.13)

 

A neurociência tem se mostrado uma influência crescente tanto no meio acadêmico quanto na sociedade em geral. Pais, responsáveis e professores estão cada vez mais envolvidos nesse processo desde a infância até a fase adulta. Observa-se dois grandes segmentos dentro dessa área: um voltado para o estudo da estrutura cerebral, que contribui para a compreensão e intervenção em disfunções de aprendizagem como alunos com a capacidade cognitiva comprometida, como TDAH, dislexia, autismo, entre outros, e outro voltado para entender como o cérebro funciona para facilitar o processo de aprendizagem em contextos diversos a fim de melhorar a assimilação do aprendente. Isso tem impulsionado avanços no entendimento sobre a melhor forma do aluno apropriar-se dos conteúdos, tanto para seu desenvolvimento humano em suas interações sociais, quanto para os testes que enfrentarão ao longo de sua trajetória escolar e, posteriormente, no mercado de trabalho.

É fundamental reconhecer que a aprendizagem está sendo direcionada por novas perspectivas. O conhecimento, hoje, está literalmente ao nosso alcance, com um vasto mundo de possibilidades informacionais. Assim, as competências necessárias para a aprendizagem vão além da simples memorização de conteúdos a serem avaliados. Existe uma necessidade urgente de transformar os sistemas educacionais para que atendam à busca por informações verdadeiras, úteis e que agreguem conhecimento real e significativo à vida do aluno. Não basta realizar uma pesquisa superficial na internet; o aluno precisa desenvolver a criticidade, a criatividade e o raciocínio, criando experiências de vida em diversas situações.

Consequentemente, a competência docente deve proporcionar aos estudantes ferramentas para aprimorar suas capacidades e desenvolver métodos de aprendizagem que os ajudem a obter conhecimento de maneira crítica e engajada. O objetivo é ensinar os alunos a aprenderem no contexto atual, promovendo a independência e a autonomia tanto nos estudos quanto em outras áreas que demandem seu desenvolvimento.

Essas evoluções estão profundamente conectadas às atividades neuronais. Como destaca Oliveira (2011), “a tecnologia de neuroimagem tem (sic) apresentado resultados interessantes para a interpretação não somente da anatomia, mas também do funcionamento do cérebro humano em tempo real”. Quando aplicamos esses conhecimentos à educação, estabelecemos uma conexão com o que orienta Relva,

Marta Pires (2023, p.18), ao afirmar que:

“A Neurociência e o desvendar dos estudos dos cérebros na sala de aula podem contribuir significativamente para uma educação mais justa e menos excludente, pois o educador tem a possibilidade de compreender melhor como ensinar, visto que existem diferentes maneiras de se aprender.”

 

Essas contribuições da neurociência oferecem ao educador ferramentas valiosas para adaptar o ensino às diversas formas de aprendizagem, promovendo uma abordagem mais inclusiva e eficaz.

Diversos segmentos de pesquisa na área educacional estão em pleno desenvolvimento, impulsionados pela globalização e pelas tecnologias disponíveis, que possibilitam uma troca constante de conhecimento entre diferentes partes do mundo, ampliando o entendimento sobre os campos científico e educacional. Oliveira (2011) destaca que “a neurociência dispõe de recursos para estudar a aprendizagem a partir de pesquisas em laboratório, demonstrando que a aprendizagem modifica a estrutura física do cérebro e sua organização funcional”, o que leva a novas formas de compreender as competências humanas e seu papel no desenvolvimento da sociedade. Atualmente, é possível realizar o mapeamento cerebral em relação às diversas atividades humanas, sejam elas afetivas/emocionais, motoras ou cognitivas, identificando quais áreas do cérebro são estimuladas durante cada ação e, assim, descobrindo as formas mais eficazes de estimular essas funções.

 

A neurociência não tem proposta de criar teorias, metodologias ou técnicas de ensino-aprendizagem. A proposta, da maioria dos autores pesquisados, é contribuir para a compreensão dos mecanismos cerebrais envolvidos no processo educativo e no desenvolvimento de metodologias que compatibilizem o processo de ensino e o processo de aprendizagem. Educação e neurociência tornam-se uma via de mão dupla (OLIVEIRA, Gilberto 2011 p.19)

 

O mundo de hoje é bem diferente do que era na década passada ou no século anterior. O mercado de trabalho está em constante transformação, e a geração alfa[6] possui características bem específicas. Essa geração cresceu em um ambiente totalmente imerso em tecnologia e conectividade, tornando-se nativos digitais, já que a internet já estava amplamente acessível desde o seu nascimento. A fluência em tecnologia é uma das suas principais qualidades, além da abertura para novidades, passam muito tempo em frente a tela e influenciam toda uma cadeia de consumo digital, valorizam seus interesses pessoais, comunicação e compreendem a diversidade. Outro ponto importante dessa geração é sua capacidade de adaptação rápida a novas situações, pois lidam com a velocidade das interações constantemente, e possuem facilidade em aprender novas habilidades, têm um senso crítico aguçado quando estimuladas. Eles buscam que seu aprendizado esteja alinhado com suas necessidades reais.

Certamente essas competências precisam ser também desenvolvidas pelos professores, uma vez que atualmente se compreende que a função da escola vai além da simples alfabetização ou do ensino tradicional da matemática ou da simples reprodução dos conteúdos históricos que são repassados nas escolas.

No campo da linguagem, um conceito que tem ganhado destaque, especialmente com o aumento do uso das redes sociais, é o do analfabetismo funcional. Embora muitas crianças saiam da escola sabendo ler, muitas vezes não têm um entendimento crítico do que estão lendo ou sequer compreendem completamente o que decodificam. Já na matemática, habilidades básicas de cálculo e algoritmos são ensinadas, mas é necessário o uso de estratégias mentais e raciocínio lógico para resolver problemas mais complexos. Afinal, ferramentas como a calculadora e o smartphone já cumprem funções mais simples, mas é a necessidade de um raciocínio estruturado que se torna essencial para questões mais desafiadoras.

A reflexão central está em como o sistema educacional precisa reconhecer que os métodos de ensino exigem atualização constante, com intervalos cada vez mais curtos. O papel do docente já não se resume a saber o que ensinar ou como ensinar, mas a compreender a melhor maneira de adaptar o conteúdo de forma eficaz, considerando a diversidade de cada estudante e como o cérebro processa o aprendizado.

Valores sociais como empatia e compaixão, antes não tão enfatizados, agora são focos importantes no desenvolvimento dos alunos. A competição, que era uma característica predominante em tempos passados, tem dado lugar à cooperação. Aspectos psicológicos, que abordam as emoções e a maneira de interagir com os outros em grupos, têm ganhado destaque, e é essencial que essas dinâmicas sejam incorporadas ao cotidiano escolar.

Um campo emergente dentro das neurociências, a neuroeducação, está se expandindo, combinando os avanços no entendimento do cérebro com as práticas educacionais, aprendizado, memória e neurodesenvolvimento.

 

A última fronteira das ciências biológicas é compreender as bases biológicas da consciência e dos processos mentais como agir, aprender e lembrar (…) O passo mais desafiador é unificar os processos biológicos com o estudo do comportamento – ciências da mente – e a ciência neural, a ciência do cérebro. (KANDEL, 2023, p. 6).

 

A tecnologia moderna tem desempenhado um papel crucial nos avanços das pesquisas científicas, permitindo a comprovação de paradigmas que até então eram considerados como verdades absolutas. Nos últimos anos, um processo de desmistificação sobre diversos temas tem ganhado força. Como afirma RELVA (2023), “O estudo das Neurociências aplicadas às práticas pedagógicas não oferece um conjunto pronto de ideias, mas sim uma perspectiva científica sobre o processo de ensinar e aprender”. Um exemplo disso é o conceito de plasticidade neural, assim como o debate sobre o que realmente molda o indivíduo — a genética ou o ambiente. Atualmente, sabemos que diversos fatores, como experiências com os pais, a escola, a alimentação e as condições sociais, desempenham um papel fundamental na formação de cada pessoa.

Conforme SIEGEL (2015, p. 206) observa: “Quando uma criança aprende a examinar seus pensamentos, sentimentos, imagens e sensações, ela alcança uma compreensão mais profunda de si mesma, o que a torna mais capaz de se controlar e se conectar com os outros”. Nesse contexto, o desenvolvimento cognitivo pleno exige uma abordagem integral. Não podemos mais ver o ser humano de forma fragmentada, e é exatamente isso que as neurociências nos propõem: compreender o funcionamento do cérebro, considerando tanto as partes isoladas quanto sua atuação conjunta e simultânea.

 

A pretensão é integrar as possibilidades entre a educação e os estudos da Neurociência na prática educativa realizada na sala de aula. Acredita-se que os professores precisam de um aprofundamento a respeito do que é Neurociência, a fim de entender que o processo da aprendizagem acontece no cérebro, e compreender que a educação engloba aspectos biopsicológicos, filosóficos e antropológicos. (RELVA, 2012 p.89)

No cotidiano do professor, há uma constante convivência com uma diversidade de características únicas. Cada aluno representa um universo próprio, com suas especificidades coletivas, pois dentro de seu microcosmo, vivencia uma realidade cultural que se entrelaça com a de seus colegas. Ao mesmo tempo, em seu contexto familiar e genético, existem uma série de particularidades individuais que influenciam sua formação e comportamento.

Atualmente, nenhum educador sério deixa de considerar a participação tanto da herança biológica (genótipo) quanto da herança sócio-histórico-cultural (ambiente; meio ambiente) na determinação de características físicas e comportamentais, entre elas a inteligência, de seus alunos. Neste contexto, entende-se como indispensável ao educador o estudo das bases neurais da aprendizagem. Pinheiro (2007, p.1)

Uma aula que consiga atender a todos os alunos de forma completamente igualitária é, de fato, impossível. Sob a ótica das neurociências, seria uma utopia imaginar que seria possível mapear o cérebro de cada estudante para entender os processos neurais que poderiam facilitar o aprendizado individual de maneira mais eficaz, a ponto de propor ações específicas e exclusivas para cada um dentro da sala de aula. Isso se torna ainda mais complexo, considerando que o ensino escolar é, em sua maioria, coletivo e muitas vezes envolve um número elevado de alunos.

Compreendendo como tais processos evoluem e se interrelacionam sistemicamente no cérebro, estaremos certamente mais próximos do que são efetivamente as funções cognitivas da aprendizagem, podendo, por esse meio, identificar os obstáculos que a bloqueiam ou prevenir disfunções ou dificuldades (ou descapacidades) que a impedem de florescer. Fonseca (2009, p 62)

 

A aplicação da neurociência em sala de aula deverá estabelecer uma conectividades geral com cada estudante, o professor deverá aplicar técnicas nas quais estejam engajadas como esses processos neurais. E esse conhecimento deverá chegar ao docente na forma de formação inicial e formações continuadas.

Ações práticas fundamentadas na neurociência podem ajudar os professores a promover uma aprendizagem mais eficaz. Entre essas ações estão a adaptação de conteúdos abstratos por meio de materiais concretos, o uso de um sistema de revisões com práticas espaçadas e a diversificação de métodos didáticos estruturados, incluindo revisão, feedback rápido e direcionado — especialmente em casos de erros de compreensão, onde a correção no momento certo reforça a memória e facilita a assimilação correta. Além disso, é essencial considerar o papel das emoções: um ambiente escolar que leve em conta o estresse e a ansiedade, principalmente em situações de avaliação e diante de cobranças sobre o que ainda não foi aprendido, pode favorecer um processo de aprendizagem mais equilibrado e produtivo.

 

A formação docente e sua influência na qualidade do ensino.

As grades curriculares dos cursos de graduação em Pedagogia no Brasil ainda apresentam diversas fragmentações, o que limita a atuação do futuro educador em sala de aula. A carreira docente é muitas vezes cercada de preconceitos e desvalorização, o que gera uma resistência inicial para quem escolhe seguir esse caminho. Ao optar pela profissão de professor, a pessoa já se depara com desafios conhecidos: salários baixos, planos de carreira pouco atraentes, turmas superlotadas, alunos desmotivados, famílias com dificuldades, entre outros. No entanto, hoje, surgem novas demandas que só a experiência poderá ensinar, especialmente com a diversidade de alunos e a constante mudança de turmas. Nesse contexto, a atualização contínua torna-se essencial, especialmente nos dias atuais. A formação dos educadores para o futuro precisa incorporar também ações que integrem a Inteligência Artificial[7], considerando suas diversas implicações, como questões éticas, a identificação de informações, imagens e vídeos autênticos ou gerados por IA, além das possíveis questões legais envolvidas.

Embora a formação docente tenha evoluído, inicialmente focada nos aspectos técnicos e pedagógicos, atualmente, além de preparar os professores para a inclusão de estudantes com deficiências intelectuais, há também um esforço para abordar o ajuste socioemocional e cultural, alinhado à ideia de formação integral do aluno. É necessário aprofundar cada vez mais em questões complexas. Em um país de dimensões continentais, a adaptação dessas formações deve refletir a diversidade de temas e necessidades conforme as realidades de cada região. Ao observar atentamente os contextos das micro sociedades, podemos citar como exemplo projetos da UFBA, como o programa ‘‘Docência Plural’’, que reconfigura o currículo da licenciatura e coloca a diversidade como um elemento central nas relações educacionais.

 

Estamos formando professores para um país que ainda não existe, mas que estamos ajudando a criar. Um Brasil onde a sala de aula não é um espaço de uniformidade, mas um mosaico vibrante de emoções, culturas e humanidades. Nesse Brasil, cada professor é um artesão, tecendo com fios diversos a tapeçaria do nosso futuro. (Ribeiro, 2023)

 

A formação minimamente adequada dos docentes é um processo relativamente recente. A formação para o ensino das “primeiras letras” começou a ser organizada no final do século XIX, com a criação das Escolas Normais[8], mas ainda estava longe de ser ideal para a disseminação do ensino. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) foi sancionada em 1961 e estabeleceu os parâmetros legais para a estrutura, os fundamentos e as normatizações do sistema educacional no Brasil. A formação docente para os anos iniciais, conforme essa lei, era constituída inicialmente para as pessoas que concluíssem o ensino médio, chamado nível secundário ou normal na época. Vale destacar que, até então, havia poucas escolas secundárias e um número limitado de alunos matriculados. Antes de 1961, o ensino da leitura e escrita era feito por profissionais autônomos ou autodidatas. Somente com a regulamentação da pedagogia é que os professores passaram a atuar no ‘‘secundário’’, atualmente conhecido como ensino médio.

A LDB passou por diversas modificações, reformulações e até substituições ao longo dos anos, especialmente em função das mudanças políticas e sociais que o Brasil experimentava. Em 1996, a Lei nº 9.394/96 substituiu a anterior, estabelecendo que a formação docente para o curso de Pedagogia deveria ocorrer em nível superior, com um período de adequação de dez anos. Em 2006, o Conselho Nacional de Educação aprovou a Resolução nº 1, de 15 de maio de 2006, que definiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a licenciatura em Pedagogia, autorizando a formação de professores para atuar na educação infantil aos primeiros anos do ensino fundamental.

A partir desse momento, houve um aumento na oferta de cursos de Pedagogia, especialmente nas instituições privadas. No entanto, ao analisar os números de conclusão, percebe-se uma baixa demanda e muitas desistências ao longo do percurso. Apesar do crescimento no número de cursos de licenciatura, é fundamental refletir sobre as condições que influenciam a procura por esses cursos, como a organização dos currículos, a forma de oferta e a institucionalização das licenciaturas. Essas questões são essenciais para compreender o papel político e pedagógico da formação docente e suas implicações na qualidade do ensino e na adequação às necessidades dos estudantes.

Além disso, um marco significativo para a mudança na formação dos professores foi a criação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em 2017. Em 2019, acompanhando os avanços promovidos pela BNCC, novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) foram estabelecidas, com foco na ética, na criticidade e na formação integral do educador.

No entanto, essas diretrizes não chegam de forma eficaz a todas as regiões do Brasil, e a demanda por profissionais qualificados ainda não é completamente atendida, exigindo ajustes nos sistemas educacionais locais. A complexidade do cenário educacional brasileiro se reflete em cada contexto regional, e as necessidades de capacitação destacam a importância das políticas públicas, tanto em nível nacional quanto regional, para garantir a qualidade da educação.

 

Múltiplos fatores convergem para isso: as políticas educacionais postas em ação, o financiamento da educação básica, aspectos das culturas nacionais, regionais e locais, hábitos estruturados, a naturalização em nossa sociedade da situação crítica das aprendizagens efetivas de amplas camadas populares, as formas de estrutura e gestão das escolas, formação dos gestores, as condições sociais e de escolarização de pais e mães de alunos das camadas populacionais menos favorecidas (os “sem voz”) e, também, a condição do professorado: sua formação inicial e continuada, os planos de carreira e salário dos docentes da educação básica, as condições de trabalho nas escolas. (Gatti, Bernadete 2010)

 

A urgência de modificar o cenário da formação docente se observa especialmente quando colocamos em paralelo a rapidez que a sociedade está evoluindo com as novas tecnologias nas quais os alunos estão tendo acesso cada vez mais precocemente e com isso as mudanças de modos e motivações para o estudo acadêmico.

A neurociência capacitando os professores para um novo olhar na educação.

 

No livro O Cérebro da Criança, os autores discutem estratégias que fortalecem o aprendizado das crianças e as conectam com suas emoções por meio do cérebro. De maneira acessível, eles apresentam conceitos sobre como as crianças percebem o mundo, os quais podem ser facilmente incorporados pelos educadores em sua busca por compreender o cérebro, aliando este conhecimento ao seu repertório pedagógico e didático. Isso facilita o processo de aprendizado e permite uma transformação na prática pedagógica como um todo.

 

A formação dos nossos filhos depende das informações que eles recebem diariamente do ambiente que os cercam. Isso significa que as crianças crescem e se desenvolvem por espelhamento, aprendendo com o que observam do comportamento dos seus pais e responsáveis. (SIELGEL, Daniel J 2015 p. 11)

 

Para alcançarmos esse nível, é fundamental que todo o sistema educacional compreenda a importância dessa nova abordagem da educação. As práticas antigas, frequentemente baseadas em métodos empíricos, sem considerar a realidade dos alunos e o entendimento de como ocorre o aprendizado, especialmente no nível cerebral, precisam ser avaliadas. Como destaca Bransford (2007, p. 20):

 

Nos primeiros anos do século XX, a educação focalizava a aquisição das habilidades de letramento: leitura, escrita e cálculos básicos. Para os sistemas educacionais, a regra geral não era treinar as pessoas para pensar e ler criticamente, para se expressar com clareza e de modo convincente, para solucionar problemas complexos de ciência e matemática. Hoje em dia, esses aspectos do letramento avançado são exigidos de quase todos, para que possam lidar com sucesso com as complexidades da vida contemporânea.

A formação inicial dos professores deve ser constantemente revista, para incluir as novas abordagens que estão sendo descobertas e aplicadas por pesquisadores e cientistas a cada dia. Essa atualização precisa ser complementada por uma formação continuada, focada no entendimento das funções cognitivas do cérebro. Marta Pires Relvas ressalta que “a escola é o ambiente ideal para realizar esse trabalho, sendo a sala de aula o espaço onde se aprende a pensar, a raciocinar, a se relacionar, a viver e a conviver, buscando soluções para os problemas cotidianos e promovendo o crescimento intelectual” (p. 21). Apesar dos pais e responsáveis terem boas intenções e buscarem garantir o desenvolvimento emocional e cognitivo saudável dos filhos, é improvável que consigam reunir todo o conhecimento teórico necessário para implementar, de forma eficaz, estratégias que realmente potencializam e desenvolvam as habilidades dos filhos com maior precisão e sucesso.

O novo caminho que o professor poderá percorrer a fim de despertar o interesse do estudante diante das novas aprendizagens é por meio das conexões afetivas e emocionais do sistema límbico, sendo estas ativadas no cérebro de recompensas. Por isso, precisam ser preservadas e respeitadas, pois são centelhas energéticas que provocam a liberação de substâncias naturais, os mensageiros químicos conhecidos como serotonina e dopamina, pois estão relacionados à satisfação, ao prazer e ao humor . (RELVA 2023 p. 51)

 

  1. F. Skinner[9], considerado o pai do behaviorismo, explorou essa técnica em seus estudos, defendendo que o aprendizado acontece por meio de mudanças no comportamento relacionadas ao reforço, seja ele positivo ou negativo. Skinner acreditava que o reforço positivo seria mais eficaz nesse processo. No entanto, o problema surge quando esse estudo se limita a uma única forma de ação, negligenciando outros fatores importantes, como a emoção e a motivação.

 

Estudar a Neuropedagogia é fazer uma releitura das principais teorias de aprendizagem, mas também é reconhecer que é uma ciência, que estuda a aprendizagem no contexto do processo químico, celular, anatômico, funcional, patológico, comportamental do sistema nervoso, assim, uma visão sistêmica e integradora do estudante.(RELVA 2023 p.54)

 

O neuropedagogo é o profissional especializado no entendimento do funcionamento do cérebro, aplicando esse conhecimento ao contexto educacional. Contudo, é fundamental que esse saber seja expandido para uma abordagem mais ampla, para que todos os professores, desde a formação inicial, possam compreender e aplicar esses conceitos em suas práticas diárias. Como explica Relva (2023, p. 51), “o estresse na sala de aula provoca a liberação de adrenalina e cortisol, substâncias que atuam como bloqueadores da aprendizagem e que alteram a fisiologia do neurônio, interrompendo as transmissões das informações nas sinapses nervosas”. Com esse conceito em mente, é possível perceber que um modelo de aula no qual o aluno é submetido a severidade, falta de sentido, pressão por boas notas e resultados acadêmicos pode dificultar o avanço significativo do estudante.

 

O professor que não instiga seus estudantes à dúvida e à curiosidade inibe o potencial de inteligências e afetividade no processo de aprender. O cérebro humano no início de uma aula é solicitado por meio de conexões neurais, fatos novos, pois a concentração inicial é fundamental para receber novas informações, devido à produção de acetilcolina, que mantêm os movimentos das sinapses da célula neural. E, muitas vezes, o que professor acaba fazendo? Usa esses momentos iniciais e preciosos para o cérebro para fazer “chamada” ou “dando” informações que esse cérebro muitas vezes já conhece, por exemplo, revisão do que já foi dito. Essa estratégia deveria ser reservada para o final da aula (RELVAS, 2012, p. 56).

 

Compreender a neurociência não é uma tarefa simples; envolve o entendimento de algo que, à primeira vista, pode parecer extremamente complexo, sendo geralmente associado a pesquisadores, professores e estudantes das áreas de medicina, neurologia e disciplinas correlatas. No entanto, o ponto fundamental é que, ao compreendermos como o cérebro funciona e aprende, podemos integrar esses conhecimentos de maneira prática, aplicando métodos de ensino que permitam aos alunos adquirir o conhecimento de forma eficaz. Esses conceitos podem, inclusive, ser compartilhados com os próprios alunos, ajudando-os a entender como seu cérebro processa a aprendizagem. Existem livros acessíveis que apresentam estratégias claras, que podem ser transmitidas a pais, responsáveis, professores e até mesmo às crianças, sendo adaptáveis ao contexto escolar.

Entretanto, a organização educacional é o ambiente propício para trabalhar esses conceitos em larga escala já que apresenta a estrutura necessária para difusão de conhecimentos e os profissionais adequados para o ensino de forma assertiva.

Pode surgir o questionamento sobre a necessidade de aprender algo tão complexo como o funcionamento do cérebro. Afinal, não poderia o professor simplesmente aplicar métodos já consolidados no campo acadêmico, sem se aprofundar nos conceitos? Ratey (2001) responde a essa questão afirmando que, ao compreendermos de maneira aprofundada como o cérebro funciona e opera, tornamo-nos mais responsáveis por fortalecer nossas capacidades e corrigir nossas limitações, o que nos capacita a contribuir de forma mais ativa para a construção do conhecimento e a transformação do mundo.

3 METODOLOGIA

O estudo da neurociência e da aprendizagem, conforme apresentado na literatura relevante nos campos educacional e neuroeducacional, busca compreender a aplicação mais real da prática pedagógica. Essa abordagem inclui a formação inicial e continuada dos docentes, destacando a importância de obras que promovam um diálogo entre os professores e as questões relacionadas à importância e de como seria a melhor forma de incluir tal conceito na formação dos profissionais.

É essencial expandir o referencial teórico por meio de pesquisas, livros e artigos acadêmicos, utilizando palavras-chave em bibliotecas digitais. A análise documental deve ser realizada de forma abrangente, examinando os textos acessados para, em seguida, interpretar e sintetizar os resultados com base na teoria, conforme afirmado por Baffi (2002, p.1).

Esse tipo de pesquisa é orientado no sentido de reconstruir teorias, quadros de referência, condições explicativas da realidade, polêmicas e discussões pertinentes. A pesquisa teórica não implica imediata intervenção na realidade, mas nem por isso deixa de ser importante, pois seu papel é decisivo na criação de condições para a intervenção.

 

Realizar pesquisas para aprimorar o entendimento sobre a importância do tema neurociência na escola, inicialmente abordando como é o funcionamento cerebral de acordo com as novas informações científicas, a forma como poderia elevar a qualidade do ensino, relações como as teorias de aprendizagem e as aplicações práticas no contexto de sala de aula. Visar entender o conhecimento inicial dos docentes sobre neurociência e como, na prática, essas ações seriam realizadas. Integrando com o objetivo geral de compreender de que maneira os educadores e gestores da educação básica se apropriam desses materiais e como os aplicam no processo pedagógico.

A pesquisa também se propõe a abordar as dificuldades enfrentadas pelos docentes em relação à sua formação continuada, de maneira geral (em todos os segmentos educacionais) e de forma específica no que tange à aplicação de conhecimentos de neurociência. Serão coletadas observações e opiniões através do referencial teórico para identificar as melhores práticas e estratégias a serem adotadas no contexto educacional, visando otimizar o uso dos recursos pedagógicos e aprimorar o ensino.

RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS

O cenário que envolve a neurociência está em pleno crescimento e reafirmação devido aos dados trazidos pelos cientistas especializados através de instrumentos de medição das funções cerebrais, os resultados sendo analisados diante de diversas ações para entendermos quais áreas são utilizadas em cada contexto. Esse entendimento aplicado na educação, a neuroeducação, é um segmento de formação específica docente. O entendimento é que deverá haver uma disciplina específica nas grades curriculares dos cursos de licenciaturas, e esse assunto deverá ser tratado de forma ampla já na graduação para melhor aproveitamento das ações docentes no contexto do chão da escola. Aprendendo as funções cerebrais e a melhor forma de aplicar esse conhecimento nas ligações com a aprendizagem, assim como conhecendo na prática a utilização de recursos funcionais e suas implicações.

O professor perante os percalços do dia a dia, com a carga horária completa dentro de sala de aula, ou com poucos momentos para o planejamento e preparação para os recursos concretos utilizados na aula, fica em desvantagem para o acesso a formações continuadas necessária para acompanhar os avanços tanto em teorias quanto em prática no contexto acadêmico educacional.

A verdade é que os professores estão, de fato, sobrecarregados com as inúmeras demandas que a profissão exige. O paradigma enraizado, baseado em modelos de uma educação do passado, aliado a currículos desatualizados e em uma sociedade em constante transformação, dificilmente o docente consiguirá aplicar de maneira eficiente os conhecimentos gerados por pesquisas e estudos recentes, fazendo com que essas inovações não cheguem à sala de aula de forma oportuna.

Esse estudo voltado para a formação docente é essencial, pois a escola só avançará quando esse entendimento for incorporado e colocado em prática. Embora existam inúmeros teóricos no campo da pedagogia, muitos deles estão desconectados da realidade da prática educativa. Esse é um paradoxo que precisa ser corrigido. Não podemos apresentar teorias que não funcionam na prática, especialmente quando os acadêmicos nunca vivenciaram de fato a rotina da sala de aula, ou quando apenas participaram de momentos pontuais, voltados para pesquisas específicas.

CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os professores enfrentam uma sobrecarga significativa devido às múltiplas exigências da profissão. E os avanços provenientes de pesquisas e estudos, incluindo aqueles no campo da neurociência, não são incorporados ao ensino de maneira eficaz e no tempo adequado já que as mudanças estão crescendo em uma progressão crescente. Uma área da educação que está nessa seara é a neurociência.

O currículo acadêmico precisa ser revisado para incluir o entendimento dos conceitos neuronais, tanto na grade fixa da graduação, quanto em formações continuadas fornecidas principalmente por políticas públicas voltadas para educação. O que for aprendido e, posteriormente, implementado em sala de aula terá grande impacto no desenvolvimento da educação. Inicialmente, esses conceitos devem ser abordados de maneira ampla na formação de graduação, e, ao ingressar no ambiente escolar, o professor passará a aplicá-los de forma mais específica, de acordo com a fase escolar em que atua.

Então, torna-se necessário criar um tempo dentro da carga horária para formação continuada docente. Esse tempo de formação elevaria significativamente a qualidade do trabalho do professor em vários aspectos, e uma parte dessa carga horária seria utilizada para o estudo da neuroeducação.

 

REFERÊNCIAS

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SIEGEL, Daniel J. Cérebro Adolescente. São Paulo: Nversos, 2016.

[1] Artigo publicado na EBWU no Curso de Mestrado  em Ciências da Educação como trabalho de nivelamento de estudos das disciplinas básicas. Mestranda Dannadat Aguiar Lemos. E-mail:dannadart3982@gmail.com

[2] Professora Orientadora da EBWU Dra. Cecília Mitsue Harada Tsutsui. Email: draceciliatsutsui@gmail.com

[3] Quociente de inteligência é uma pontuação obtida por meio de testes a fim de avaliar a Inteligência Humana.

[4] Psicólogo cognitivo e educacional estadunidense, ligado à Universidade de Harvard e conhecido em especial pela sua teoria das inteligências múltiplas.

[5] Jornalista científico dos Estados Unidos. Por doze anos, escreveu para o The New York Times, principalmente sobre avanços nos estudos do cérebro e das ciências comportamentais.

[6] Definição sociológica da geração de pessoas nascidas entre 2010 e 2025. Também conhecida como Gen A, é a geração mais atual e a primeira a ser 100% digital.

[7] Tecnologia que permite que máquinas aprendam e executem tarefas de forma semelhante à humana.

[8] Instituições de ensino que formaram professores para o ensino primário no Brasil, desde o período imperial até os anos 1990.

[9] Burrhus Frederic Skinner, mais conhecido como B. F. Skinner, foi um psicólogo, inventor e filósofo social estadunidense. Foi professor de psicologia na Universidade Harvard

 

Arquivo – Artigo Revista EMIL- Dannadat Aguiar Lemos (1)

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#1 on 2025-mar-31 seg  03:39+-10800

#2 on 2025-mar-31 seg  03:25+-10800

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